O responsável pela organização da 14.ª edição da Maratona do Porto, Jorge Teixeira, considerou que a atribuição dos mesmos valores de prémios a mulheres e homens, algo feito hoje pela primeira vez, constitui um "ato de extrema justiça".
"Já existe um número de mulheres a correr a maratona que justifica isso. Até aqui não havia. Recordo-me de edições com oito ou nove mulheres. A Maratona do Porto foi fazendo o seu percurso e as corredoras também foram aderindo. Agora justifica-se, e o contrário seria uma injustiça tremenda. Este é um ato de extrema justiça", disse à agência Lusa Jorge Teixeira, responsável pela organização a cargo da Runporto.
Na manhã de hoje, os municípios do Porto, de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos receberam a 14.ª edição da Maratona do Porto.
Além dos 42,195 quilómetros da principal prova, somaram-se outras duas vertentes: a ‘Family Race’, com 15 quilómetros, e a 'Fun Race', uma caminhada com distância de seis quilómetros e destinada a todas as classes etárias e sem fins competitivos.
De acordo com a organização inscreveram-se cerca de 15.000 pessoas de 69 nacionalidades diferentes (27% dos inscritos são atletas internacionais), sendo que os pódios tiveram representação portuguesa apesar do grande poderio africano.
Daniel Pinheiro, que se estreou pelo Águias de Alvelos, e Salomé Rocha, que recentemente assinou pelo Sporting, conquistaram hoje o segundo lugar ao terminarem em 2:17:57 horas e 2:31:01, respetivamente.
"Estavam 15.000 na soma das três vertentes. O balanço é extremamente positivo. Tivemos mais recordes, o que coloca cada vez mais a Maratona do Porto no patamar que todos nós sonhamos a nível internacional. Esta prova é muito atrativa e cada vez mais somos procurados. Os atletas querem correr no Porto, na maior e a melhor maratona de Portugal", sintetizou Jorge Teixeira.
O atleta com mais velho foi um suíço de 80 anos, Danilo Meyrat, enquanto a corredora com mais idade foi a francesa Chantal Haton, de 67 anos.
A iniciativa também serviu para angariar fundos a favor da Casa do Caminho, uma instituição de acolhimento de crianças que é a primeira unidade de emergência infantil do norte do país, bem como para recolha de alimentos para entregar à Legião da Boa Vontade.
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