O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse hoje que o caso de doping envolvendo o treinador Alberto Salazar “é muito preocupante” e levanta questões sobre a legitimidades de resultados olímpicos no atletismo.
“O caso levanta preocupações sérias”, comentou Bach, que não identificou nenhum atleta que podem estar implicados na investigação a decorrer sobre o treinador norte-americano.
Alberto Salazar, treinador do britânico Mo Farah até 2017, foi suspenso por quatro anos por “incitação ao doping” na terça-feira pela Agência Norte-americana Antidopagem (USADA).
Em comunicado, a USADA refere que Alberto Salazar, de 61 anos, foi suspenso “por organizar e instigar uma conduta de doping”, acusando o ex-maratonista de ter traficado testosterona e injetado nos atletas o aminoácido L-carnitina acima das doses autorizadas.
Alberto Salazar é o mentor do projeto Oregon, um grupo de treino de alto nível financiado pela Nike e que tem obtido excelentes resultados no fundo e meio fundo.
Salazar, protagonista de várias controvérsias devido ao facto de trabalhar sempre nos limites, negou qualquer envolvimento com doping e anunciou que vai recorrer da decisão.
A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) retirou a acreditação de Alberto Salazar para os Mundiais de atletismo, que decorrem em Doha, a pedido da federação norte-americana.
O britânico Mo Farah, detentor de quatro títulos olímpicos e seis mundiais, integrou o projeto entre 2011 e 2017, juntamente com outros atletas medalhados em Jogos Olímpicos.
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