Santa Maria da Feira recebe hoje a primeira meia maratona do concelho, uma “aposta estratégica” para o aumento da atividade física e de tornar o desporto numa atividade familiar, num dia de festa que prevê a participação de 1.500 pessoas.
A “Meia Maratona da Primavera” foi organizada pela empresa municipal Feira Viva, em parceira com a Câmara Municipal, uma corrida de 21 quilómetros que surgiu da “dinâmica associada ao Europarque Running”, um evento que decorre todos os domingos naquele espaço e que já leva mais de 100 edições.
“Começou há dois anos com 20 ou 30 pessoas. Agora, todos os domingos, há cerca de 400 pessoas a correr ou a caminhar. É um processo em crescendo que está a acontecer na sociedade portuguesa e nós tivemos ideia de criar esta dinâmica num espaço privilegiado como o Europarque. Temos conseguido juntar o conceito de corrida com família e superação”, afirmou o diretor-geral da Feira Viva, Paulo Sérgio Pais.
Além da corrida, o Europarque Kids oferece aos pais a possibilidade de deixarem os filhos a fazerem uma atividade física com os monitores, o que tem proporcionado condições de “convívio, desporto e superação”, com o mesmo conceito aplicado agora nesta meia maratona, que já superou as expectativas em termos de inscrições.
“Tínhamos definido como objetivo termos cerca de 750 participantes na meia maratona e 250 na caminhada. A meia maratona já passou as 1.000 inscrições e a caminhada 300. Estamos a falar num universo final de cerca de 1500 atletas porque temos também a componente de estafeta para os que ainda não se sentem capazes de fazer os 21 quilómetros, fazem 10,5km cada um”, explicou, acrescentando que mais de 25% dos participantes são estreantes em corridas desta distância, notando um crescimento de atletas do sexo feminino.
A corrida começa às 18:00, mas antes disso há almoço e atividades extra, como uma festa de zumba, atuações e espaços destinados aos mais novos, sendo que durante a corrida vão haver também momentos de festa e no final uma entrega de prémios com representação no concelho, como pulseiras para a Viagem Medieval, o Perlim ou uma garrafa de chamoa.
“Tem a ver com a dinâmica do território e uma das componentes interessantes é que podemos fazer deste evento uma festa. Começa no Europarque antes da prova, temos uma aula de zumba, atividades para crianças e também no percurso, temos uma escola de samba a motivar os atletas, temos música a estimular e a passagem pelo Marcolino de Castro, entrada no relvado com o seu nome no ecrã gigante”, disse o responsável.
O maratonista Vítor Oliveira, natural de Santa Maria da Feira, é o padrinho da prova e confessa estar orgulhoso desse papel e pretende “contribuir para que [o evento] tenha um grande sucesso”, defendendo a existência de mais iniciativas do tipo, porque “beneficiam a saúde e a alegria das pessoas, em conviverem umas com as outras e terem paixão no desporto”, abordando os seus objetivos para a prova na qual vai participar.
“Tinha duas opções: como padrinho da prova, tentar ir no pelotão para ajudar as pessoas, porque há quem não tenha noção do esforço que implica uma meia maratona. Por outro lado, não me sentia bem em não competir e tentar ganhar. O meu objetivo é tentar ganhar e esse é o meu foco quando faço competição”, explicou.
Rute Sousa, enfermeira de 41 anos, vai estrear-se numa meia maratona, tendo começado a praticar o desporto há pouco mais de um ano, graças ao Europarque Running. Confessou que “não gostava nada de correr” e que até “preferia perder o comboio do que correr”, até os seus filhos a convencerem a experimentar.
“Eu nem queria ir correr, mas os meus filhos foram para a corrida e só eu ia para a caminhada. Perante este desafio fui para a corrida lenta, gostei imenso, nunca pensei em correr seis quilómetros seguidos. Começamos a frequentar todos os domingos e gostamos imenso dessa atividade em família”, disse.
Hoje “não podia perder” a primeira edição da meia maratona feirense e vai correr ao lado do seu marido, enquanto os filhos ficam nas atividades extra, porque fazia sentido “este desafio no percurso de recém atleta”.
“Vai ser um dia que vai ficar nas nossas memórias. A expetativa para a prova é ultrapassar este limite, superar as minhas expetativas porque nunca corri esta distância. Em termos de tempos e marcas, estou muito tranquila, quero ir devagar e chegar confortável para poder usufruir, não quero chegar desgastada. Como é a minha primeira vez, vai sempre ser o meu recorde. Qualquer tempo é ótimo”, finalizou.
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