A RTP anunciou hoje ter chegado a acordo com a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) para a transmissão dos Mundiais de atletismo de 2019 a 2023, bem como as provas de pista coberta e de corta-mato.
Em comunicado, a estação de televisão explicou ter chegado a acordo para a aquisição dos direitos de transmissão dos Mundiais de atletismo de 2019, 2021 e 2023, de pista coberta em 2018, 2020 e 2022, e de corta-mato em 2019, 2021 e 2023, numa negociação “mediada pela União Europeia de Radiodifusão (EBU)”.
Citado em comunicado, o diretor adjunto de informação da televisão pública, Hugo Gilberto, disse que a transmissão “dos principais eventos internacionais de atletismo faz parte da história da RTP”, e continuar a transmissão é um “enorme orgulho”.
O primeiro dos eventos mencionados é o Campeonato do Mundo de pista coberta, que arranca a 01 de março em Birmingham, Reino Unido, e contará com oito atletas portugueses: Nelson Évora (triplo salto), Tsanko Arnaudov (lançamento do peso), Cátia Azevedo (400 metros e 4x400 metros), Lorene Bazolo (60 metros), Drotohe Évora, Filipa Martins e Rivinilda Mentai (4x400 metros), e Lecabela Quaresma (heptatlo).
Além da emissão em direto, a RTP assegurou também os resumos dos Mundiais de meia-maratona e de marcha por equipas no ciclo 2018-2022.
A transmissão dos campeonatos mundiais é acompanhada pelos direitos televisivos do Europeu de Atletismo, já em agosto, em Berlim. A RTP revelou ainda estar em negociações para o prolongamento do acordo relativo aos Europeus até 2023, de novo através da EBU.
A estação pública volta às transmissões de competições mundiais da IAAF, depois de um interregno de dois anos, em 2016 e 2017, algo que foi criticado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) em agosto do ano passado.
Num comunicado assinado pelo presidente, José Manuel Constantino, o organismo criticou “o progressivo afastamento do desporto, nas suas mais diversas modalidades, do espaço público televisivo”, pedindo “esclarecimentos” e “apuramento de responsabilidades”.
Na altura, a RTP explicou que as pretensões da IAAF eram “incomportáveis” e lembrou o “enorme esforço financeiro” realizado para a transmissão dos Europeus até 2019 e a emissão de “mais de 400 horas” dedicadas às modalidades em 2017.
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