O cabo-verdiano Samuel Freire (Vitória de Setúbal) e os portugueses Hélio Gomes (Sporting) e Solange Jesus (Sporting de Braga) melhoraram hoje os seus recordes pessoais na maratona, em Sevilha, onde venceu o etíope Derese Geleta.

Com uma mudança de ritmo a dois quilómetros do fim, Derese Geleta assegurou a vitória, em 02:03.36 horas, batendo o recorde da prova, com o 18.º melhor tempo de sempre nos 42,195 quilómetros.

O francês Morhad Amdouni e o israelita Gashau Ayale terminaram nas segunda e terceira posições, em 02:03.46 e 02:04.52, respetivamente.

Entre os presentes na 39.ª edição da Maratona de Sevilha, que contou com 12 mil participantes, quase 800 dos quais portugueses, destaque para Hélio Gomes, que terminou no 48.º lugar, em 02:11.08, melhorando em mais de quatro minutos a sua anterior melhor marca (02:15.51).

O atleta do Sporting chegou sete segundos depois de Samuel Freire (Vitória de Setúbal), que, na estreia na maratona, terminou a prova no 47.º lugar, em 02:11.01, estabelecendo o novo recorde de Cabo Verde.

No setor feminino, a etíope Azmera Gebru venceu, em 02:22.13, impondo-se às quenianas Josephine Chepkoech e Magdalyne Masai, segunda e terceira colocadas, respetivamente, com os tempos de 02:22.38 e 02:22.51.

A galega Ester Navarrete (Sporting de Braga) estreou-se na distância com o 11.º lugar, em 02:24.40, superando a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024 (02:26.50).

Já Solange Jesus ficou a 40 segundos dos mínimos, ao terminar a prova andaluza no 23.º lugar com o tempo de 02:27.30 horas.

Mesmo assim, a atleta do Sporting de Braga, de 37 anos, melhorou em 45 segundos o seu recorde pessoal, que era de 02:28.15, conseguido na capital francesa, em 02 de abril de 2023, sem, no entanto, conseguir juntar-se a Susana Godinho e Samuel Barata, ambos já apurados para Paris2024.

A organização homenageou o queniano Kelvin Kiptum, recordista mundial da distância, que morreu na semana passada, juntamente com o seu treinador Gervais Hakizimana, num acidente de viação, com 42 segundos de silêncio, um por cada quilómetro da maratona, antes do tiro de partida.