O ciclista britânico Simon Yates (Mitchelton-Scott) voltou hoje a ser o mais forte dos favoritos à vitória final da Volta a Itália, ao vencer a 11.ª etapa e reforçar a liderança com o seu segundo triunfo na prova.
Yates, de 25 anos, cumpriu os 156 quilómetros entre Assisi e Osimo em 3:25.52 horas, dois segundos à frente do holandês Tom Dumoulin (Sunweb), segundo, e cinco em relação ao italiano Davide Formolo (BORA-Hansgrohe).
O resultado permite a Yates, que já tinha triunfado na nona etapa e veste a camisola rosa desde dia 10, consolidar a liderança da geral, na qual tem agora 47 segundos de vantagem sobre Dumoulin, vencedor em 2017, e 1.04 minutos sobre o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), que hoje foi sétimo.
O britânico atacou na última subida, à entrada para o derradeiro quilómetro, e conseguiu distanciar-se de Dumoulin, com quem travou uma batalha intensa até aos metros finais, para conseguir a segunda vitória.
“Decidimos antes da etapa que não podíamos andar a perseguir, porque num final como este há corredores mais rápidos que já ganharam. Isso aconteceu, porque tipos como o Tim Wellens tentaram sair”, disse o vencedor no final da etapa.
Yates mostrou-se ainda preocupado com o que considera ser uma “melhoria à medida que a corrida se desenrola” de Dumoulin, que o perseguiu “até à linha de meta” e tem a experiência acumulada de já ter vencido.
A etapa, que passou pela cidade natal de Michele Scarponi, vencedor do ‘Giro’ em 2011 e que morreu em 2017, foi animada por uma fuga de cinco corredores, entre eles o espanhol Luis León Sánchez (Astana) e o italiano Alessandro de Marchi (BMC), os últimos resistentes, absorvidos a cerca de cinco quilómetros do final.
Yates, que se estreia na ‘corsa rosa’ da melhor forma, lidera desde que foi segundo no Etna, e parece ter apenas em Dumoulin um adversário capaz, sendo que Pinot, terceiro a 1.04 minutos, o italiano Domenico Pozzovivo (Bahrain Merida), quarto a 1.18, e o equatoriano Richard Carapaz (Movistar), quinto a 1.56, são os únicos corredores com menos de dois minutos para o britânico.
Uma das ‘vítimas’ do ataque de Yates foi o britânico Chris Froome (Sky), que voltou a cair do ‘top 10’ após ceder 3.20 minutos, vendo mais complicada a tarefa de se tornar o terceiro ciclista da história a vencer consecutivamente as três ‘grandes’, após as vitórias no Tour e na Vuelta em 2017.
José Gonçalves (Katusha-Alpecin), único ciclista luso em prova, voltou a correr com os melhores e cortou a meta no 19.º posto, a 36 segundos do vencedor, e segurou o 20.º lugar da classificação geral, a 5.21 minutos.
Na quinta-feira, os ciclistas enfrentam 214 quilómetros entre Osimo e Imola, com um traçado plano e apenas uma contagem de montanha de quarta categoria nos quilómetros finais, antes da meta instalada no autódromo Dino e Enzo Ferrari.
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