Chris Froome (Sky), três vezes vencedor da Volta a França, apelou à Agência Mundial Antidopagem (AMA) e à União Ciclista Internacional (UCI) para que examinem “urgentemente” a atribuição de isenções de uso terapêutico (TUE), das quais beneficiou.
“É evidente que o sistema de atribuição dos TUE está sujeito a abusos e acredito que é algo que a UCI e a AMA têm de solucionar urgentemente”, escreveu o ciclista britânico no Twitter.
Froome, que esta temporada venceu o seu terceiro Tour em quatro anos, foi um dos primeiros desportistas a aparecer nas listas divulgadas pelo grupo russo de piratas informáticos, denominado ‘Fancy Bears’. “Nunca tive uma abordagem de 'ganhar a qualquer custo'. Não procuro contornar as regras”, assegurou o líder da Sky.
Esta é a segunda vez que Froome se pronuncia sobre as duas autorizações que recebeu para recorrer a produtos ilícitos, de modo a tratar os seus problemas de asma, depois de, numa primeira instância, ter admitido não ver qualquer problema na divulgação dos seus TUE.
A 13 de setembro, a AMA informou que um grupo russo de piratas informáticos, conhecido como 'Fancy Bears' ou 'Tsar Team', acedeu ilegalmente à base de dados do sistema de administração e gestão antidopagem (ADAMS) da agência, criado para seguir os controlos feitos aos atletas.
O ataque informático, que levou o ministro russo dos Desportos, Vitaly Mutko, a negar qualquer envolvimento do seu governo, terá sido feito através de uma conta do Comité Olímpico Internacional (COI), criada a propósito dos Jogos Rio2016.
De acordo com a AMA, o grupo acedeu a informação de desportistas, incluindo a dados médicos confidenciais, tais como isenções por uso terapêutico de medicamentos nos Jogos do Rio2016, autorizadas por federações internacionais e organizações nacionais antidopagem.
O nome de Froome, triplo vencedor do Tour (2013, 2015 e 2016), era um dos integrantes da segunda lista de desportistas, na qual também se encontrava o seu compatriota Bradley Wiggins, o primeiro britânico a ganhar a prova francesa.
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