Juan Ayuso (UAE Emirates) alinhou hoje na 13.ª etapa da Volta a França, apesar de ter testado positivo à covid-19 na quinta-feira, mas acabou por não ter forças para continuar, confirmou o ciclista espanhol.

Colega do camisola amarela Tadej Pogacar e do português João Almeida, que é quarto na geral, o jovem espanhol decidiu, em conivência com a equipa, partir hoje para a 13.ª tirada mesmo não se sentido bem.

“Estou um pouco dececionado, como não podia deixar de ser. Desde há alguns dias que não estava bem, e ontem [na quinta-feira] terminei a etapa muito mal, custou-me muito. Fizemos um teste de covid e deu positivo. Decidimos ver se podia ultrapassar este dia, mas com a velocidade com que iniciámos a etapa e encontrando-me tão mal…”, revelou Ayuso, que era oitavo da geral.

A estreia do ambicioso espanhol de 21 anos no Tour termina assim devido a um vírus que parece estar, novamente, disseminado pelo pelotão. Na quinta-feira, Michael Morkov (Astana) desistiu por estar infetado, com o seu colega Mark Cavendish, recordista de vitórias em etapas na prova francesa, a ‘denunciar’ que havia muitos ciclistas a correr infetados.

Também a Bahrain Victorious ativou o protocolo de covid-19, depois do abandono de Pello Bilbao e da ‘eliminação’ de Fred Wright, alegando que, apesar de nenhum dos seus corredores ter testado positivo, havia um vírus à ‘solta’ na equipa.

Doze dias antes do Tour, o camisola amarela Tadej Pogacar também teve covid-19 – o que pode explicar o facto de a UAE Emirates ter decidido manter Ayuso em prova -, mas “recuperou rapidamente”, segundo disse na conferência de imprensa de antevisão da ‘Grande Boucle’.

No entanto, nem todos tiveram a mesma sorte, com a covid-19 a deixar de fora da Volta a França o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike), vencedor da Vuelta2023, e o britânico Tao Geoghegan Hart (Lidl-trek), vencedor do Giro2020, que não conseguiram recuperar dos efeitos do vírus.