O australiano Michael Rogers, tricampeão mundial de contrarrelógio, anunciou esta segunda-feira, aos 36 anos, o final da carreira velocipédica devido a problemas cardíacos.
“Estou grato por toda a minha carreira como ciclista profissional. É tempo de anunciar a minha retirada. Obrigado ao ciclismo”, escrever o australiano na sua conta na rede social Twitter.
Numa carta, disponibilizada também na rede social, o corredor explicou que “exames cardíacos realizados recentemente detetaram uma arritmia, nunca antes diagnosticada”, que se junta a uma malformação na aorta, detetada em 2001.
Michael Rogers referiu que a Volta ao Dubai, disputada em fevereiro foi a sua última corrida e mostrou-se “desapontado” por não poder disputar a sua 13.ª Volta a França nem somar no Rio de Janeiro a sua quinta participação em Jogos Olímpicos.
O ciclista, que desde 2013 alinhava na Saxo-Tinkoff, depois de passagens pelas formações Quick Step, T-Mobile e Sky, explicou, no entanto, que não está em condições de colocar a sua saúde em risco.
Rogers, que alinhou ao mais alto nível durante 16 anos, foi campeão mundial de contrarrelógio em três anos consecutivos, entre 2003 e 2005, e em 2004 conquistou a medalha de bronze na prova de contrarrelógio dos Jogos Olímpicos de Atenas.
Como sub-23 arrecadou uma medalha de prata e outra de bronze nos Mundiais de contrarrelógio em 1999 e 2000, respetivamente, tendo ainda no palmarés triunfos em três etapas da Volta a Itália e uma na Volta a França.
O australiano, que vive atualmente na Suíça com a mulher e três filhas, somou também triunfos em várias provas como o Tour Down Under, a Volta à Bélgica, a Volta à Califórnia e a Volta à Alemanha.
Na carta, Michael Rogers, recorda que começou a gostar de ciclismo em 1986, com apenas seis anos, numa altura em que a modalidade não era muito divulgada na Austrália.
“A única maneira de seguir o ciclismo profissional era através de revistas” conta, acrescentando que via provas como o Tour da Flandres, a clássica Paris-Roubaix e às 21 etapas da Volta a França gravadas em cassetes VHS por familiares da mãe que viviam na Holanda.
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