A Agência Antidopagem norte-americana (USADA), que acusou Lance Armstrong de estar envolvido no caso de dopagem «mais sofisticado» da história, suspendeu por seis meses seis antigos companheiros do ciclista que confessaram o uso de substâncias ilícitas.

Levi Leipheimer (Omega Pharma-Quickstep), Christian Vande Velde (Garmin-Sharp), David Zabriskie (Garmin-Sharp), Tom Danielson (Garmin-Sharp), George Hincapie (BMC) e Michael Barry (Sky), que ainda correram em 2012, são seis dos 11 antigos companheiros de Armstrong que denunciaram a prática de doping ao longo do período em que o norte-americano venceu a Volta a França por sete vezes, entre 1999 2005.

Christian Vande Velde admitiu ter tomado EPO, hormona de crescimento, cortisona e testosterona, entre 1999 e 2003 (US Postal), em 2004 (Liberty Seguros), em 2005 e em 2006 (CSC).

O ciclista foi suspenso por seis meses a contar de 01 de junho e foi despojado de todos os seus resultados desportivos obtidos entre 04 de junho de 2004 e 31 de abril de 2006.

Levi Leipheimer confessou ter tomado substâncias ilícitas, nomeadamente EPO e testosterona, e ter-se submetido a transfusões sanguíneas em 2000 e 2001 (US Postal), de 2002 a 2004 (Rabobank), em 2005 e 2006 (Gerolsteiner) e em 2007 (Discovery Channel).

Leipheimer foi igualmente desapossado dos resultados obtidos entre 01 de março de 2005 e 23 de setembro de 2006.

Tom Danielson, da Discovery Channel entre 2005 e 2006, reconheceu o recurso a EPO, hormona de crescimento, cortisona, testosterona, transfusão sanguínea, e foram-lhe retirados os resultados obtidos entre 01 de março e 23 de setembro de 2006.

Também o corredor da US Postal David Zabriskie admitiu ter tomado EPO, testosterona e hormona de crescimento, em 2003 e 2004, e em certos períodos de 2005 e 2006 pela CSC, ficando sem os resultados obtidos no período de 13 de maio de 2003 a 31 de julho de 2006.

Michael Barry foi despojado dos seus resultados entre 13 de maio de 2003 e 31 de julho de 2006, devido à confissão do uso de EPO, hormona de crescimento e testosterona, em 2003 e 2004, enquanto corria pela US Postal, e entre 2005 e 2006, pela Discovery Channel.

Também George Hincapie admitiu ter tomado EPO, hormona de crescimento, testosterona e transfusões sanguíneas, em 1996 (Motorola), de 1997 a 2004 (US Postal), em 2005 e 2006 (Discovery Channel).

Hincapie viu serem-lhe retirados os resultados desportivos entre 31 de maio de 2004 e 31 de julho de 2006.

Entretanto, a organização da Volta a França anunciou hoje que não irá pronunciar-se sobre as acusações de doping contra Lance Armstrong, até que a União Ciclista Internacional (UCI) o faça.

A posição da direção da direção do Tour não se modificou, apesar de a USADA ter garantido, na quarta-feira, possuir provas “esmagadoras” do envolvimento de Lance Armstrong no processo de dopagem mais “sofisticado” da história, para ganhar sete edições do Tour.