O selecionador português de futsal, Jorge Braz, considera que o título europeu que Portugal conquistou na Eslovénia em fevereiro de 2018 deixou um legado e agora quer mais, quer ser campeão mundial e voltar a ser campeão europeu.
“O título europeu deixou um legado, mas a ambição não diminui nem a responsabilidade, que é máxima. Somos campeões da Europa, mas queremos mais, podemos ser campeões do mundo, podemos voltar a ser campeões europeus”, disse Jorge Braz em declarações ao sítio da FPF, numa pausa dos treinos de preparação para os dois jogos particulares com a Sérvia.
Não obstante o legado deixado com a conquista do título europeu, que “deve festejado e valorizado”, o selecionador nacional entende que é preciso “não interferir no processo de qualificação e desenvolvimento que está a ser seguido” para que Portugal "possa voltar a conquistar títulos importantes a curto e médio prazo".
Jorge Braz sublinha a média de idades dos atuais campeões europeus: “Há que continuar o processo que percorremos há alguns anos. Os 14 campeões europeus podem jogar o próximo campeonato do mundo, todos eles, e todos ou quase todos podem jogar o próximo campeonato da Europa. Com os miúdos de 20 anos que estão a surgir, existe uma base que começa a crescer, a haver mais soluções e mais qualificação para continuarmos com esta ambição de conquistar coisas importantes para Portugal”.
Alguns desses jovens, entre eles Afonso, que já se estreou com a camisola da seleção principal, e Erick, convocado pela primeira vez, fazem parte do lote de convocados de Jorge Braz para os dois jogos de preparação com a Sérvia.
“Temos em estágio algumas caras novas, pois há que projetar o futuro. Ainda estamos a viver a felicidade de termos sido campeões europeus, mas temos de iniciar um novo ciclo, numa fase da época já avançada, em que é importante reencontrarmo-nos. Vão ser dois testes extremamente exigentes e competitivos, mas é um novo ciclo que se abre com alguns jovens e com muita gente que esteve no Europeu”, disse.
O selecionador luso não poupa elogios à Sérvia, seleção que reputa de fortíssima e que coloca no ‘top 10’ do ‘ranking’ europeu, recordando as grandes dificuldades que criou em 2016 à seleção portuguesa no ‘play-off’ de acesso ao Mundial.
“Ganhámos na Sérvia, mas tivemos dificuldades tremendas, em casa voltámos a vencer, mas foram jogos extremamente intensos e equilibrados. Há um ou outro jogador que não está cá, mas trazem o Peric, o Simic, jogadores que são uma referência na Europa do futsal e até mundial. Vai ser um adversário interessante para esta etapa de preparação para nos proporcionar uma oportunidade competitiva de crescimento dos jovens que cá estão e de consolidação dos campeões europeus”, referiu Jorge Braz.
A seleção portuguesa de futsal defronta a congénere sérvia nos dias 03 e 04 de abril, a partir das 18:15 e das 17:00, respetivamente, no Pavilhão Multiusos de Sines.
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