O regresso de Ricardinho aos Europeus
Há dois anos, no último Europeu de futsal, Portugal saiu da Hungria com um segundo lugar, após perder a final com a Espanha por 4-2. Nesse grupo de trabalho, em que a solidariedade e a união foram as palavras de ordem, existia uma baixa de peso: Ricardinho. Aquele que já foi considerado o melhor jogador do mundo de futsal não pôde dar o seu contributo nessa competição devido a lesão.
Passaram-se dois anos, e o “mágico”, aos 26 anos, está de volta aos grandes palcos das competições internacionais, agora para disputar o Europeu 2012.
O seu treinador no Benfica, Paulo Fernandes, não tem dúvidas que este é um jogador que acrescenta muito valor relativamente ao grupo que disputou o Europeu há dois anos.
«Toda a gente percebe perfeitamente e reconhece o valor de Ricardinho e aquilo com que ele pode contribuir quer nas ações individuais, como coletivas. Passaram dois anos, e o jogador amadureceu. Pelo contacto que, ainda que breve, tive com ele no Benfica dá para perceber que é um jogador mais maduro, mais crescido, mais refinado e com certeza que vai ser uma mais valia para esta seleção», afirmou Paulo Fernandes, ao SAPO Desporto.
Favoritismo de Portugal
Para além da qualidade de Ricardinho, o técnico encarnado olha para os 14 eleitos como um grupo muito forte e que «tem uma palavra a dizer neste Europeu».
«Algumas das seleções favoritas estão a passar por uma fase de transição e, nesta altura, não ficamos a dever nada a essas grandes potências do futsal».
Paulo Fernandes frisa ainda que «não é por acaso que partimos como grandes favoritos para este Europeu».
O momento mais marcante de Paulo Fernandes
O treinador de futsal conta com vários anos na modalidade e já assistiu a várias competições internacionais de seleções. Quando lhe pedimos para puxar pela memória em busca de uma recordação mais marcante, Paulo Fernandes torna-se mais sério e dá voz à mágoa que sentiu em 2007 quando Portugal perdeu nas meias finais de um Europeu, jogado no nosso país.
«O momento mais marcante para mim foi a meia-final do Europeu de 2007. Jogávamos em casa e depois de 35 minutos de sonho que fizemos contra a Espanha, nada fazia prever aqueles cinco minutos finais em que eles empataram o jogo a dois golos. Todos nós que gostamos desta modalidade e trabalhamos nela sentimos uma grande tristeza. Foi um momento que deixou algumas marcas a forma como perdemos depois nas grandes penalidades».
Portugal tem a partir do dia 1 de janeiro nova oportunidade para tentar conquistar pela primeira vez o título Europeu. A primeira prova de fogo será contra o Azerbaijão, na Arena de Zagreb, em jogo relativo ao grupo D.
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