Este foi um dérbi que decorreu a todo o gás. Quem estava na bancada, respirava fundo como que partilhasse a velocidade estonteante com que se disputava cada lance.
Bola lá, bola cá, transições rápidas, oportunidades de parte a parte. E um Benfica mais personalizado, não sendo indiferente a este facto a inexistência de margem de erro para a equipa da casa nesta partida. Se perdesse sabia que o Sporting festejaria o título em sua casa.
Alex inaugurou o marcador para o Sporting logo aos quatro minutos na cobrança de um livre direto. Mas nem por isso o Benfica se atemorizou com a desvantagem. A resposta veio de pronto com Nenê a fazer o empate, a passe de Bruno Coelho (8’).
O jogo decorria rápido, até parecia que o cronómetro do pavilhão não conseguia acompanhar ao segundo o que na quadra se passava.
A equipa de João Freitas Pinto estava mais rápida sobre a bola, e isso traduzia-se em mais oportunidades, e mais faltas sofridas. O Sporting atingiu o limite das cinco faltas, e passou a defender com mais cuidado.
Foi preciso o seu treinador recorrer à estratégia do cinco para quatro para inverter o domínio do encontro. O jogo acabou empatado ao intervalo, porém sem antes haver reclamações à arbitragem.
O Benfica protestou a sexta falta leonina num lance em que Diece caiu após contacto com Djô, o mesmo jogador que minutos mais tarde travou Pedro Cary colocando as mãos na sua cara. Os árbitros não assinalaram os respetivos lances.
Do balneário vieram duas equipas apostadas em manter o ritmo e o mesmo espetáculo. Só mudou a toada da partida, com os leões a surgirem mais determinados e a equilibrarem definitivamente o encontro. Os guarda-redes sobressaíam com defesas de bom nível que iam mantendo o resultado inalterado.
Este empate só se desfez graças à rapidez de desmarcação de Marcelinho. Fernando Leitão marcou com precisão uma reposição de bola e Marcelinho surgiu rapidamente na área a fazer o segundo golo para o Sporting, estavam jogados nove minutos do segundo tempo.
Em desvantagem, o Benfica subiu as suas linhas, aumentou o ritmo mas na hora de rematar à baliza não encontrava o caminho certo para o golo. Por seu lado, o Sporting procurava as transições rápidas para dilatar o placard, mas sentia dificuldades em sair com a bola controlada.
A manter-se a vantagem leonina, Diego Sol entrou para fazer a posição de guarda-redes avançado. Era o tudo ou nada por parte do Benfica para evitar que o título ficasse decidido já este domingo.
O empate esteve perto de acontecer com Davi a atirar à malha lateral. Até final, Diece foi expulso por vemelho direto e, nos últimos segundos, Caio Japa arrumou as contas ao fazer o 3-1, resultado que valeu ao Sporting o título de campeão.
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