O K4 500 olímpico português na canoagem garante ser imune à desilusão de ficar novamente demasiado perto das medalhas, a quatro centésimos de segundo do bronze na Taça do Mundo, esperando que o ambicionado pódio chegue em Tóquio2020.
“Claro que custa quatro centésimos de segundo para o bronze. Tenho vindo a ser quarto há algum tempo, desde o Rio2016 aos Jogos Europeus de Minsk2019. Espero que esses segundos revertam a nosso favor daqui a dois meses”, desejou Emanuel Silva.
Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela concluíram a prova em 1.23,97 minutos, face aos 1.23,93 da Bielorrússia, com os pupilos de Rui Fernandes a ficarem a 1,82 segundos da Espanha que venceu em 1.22,15 e bateu a Alemanha por 65 centésimos.
O canoísta, que vai para os seus quintos Jogos Olímpicos, faz um “balanço positivo” do desempenho em Szeged, apesar de uma má eliminatória, após a qual o grupo “não se deixou afetar”.
A equipa que rodeia o K4 ajuda-os a “superar os momentos menos bons para chegar aos momentos decisivos e fazer um bom resultado”, assumindo que o quarto lugar “claro que é agridoce”, mas necessário para reforçar a confiança de que “uma medalha possa sair mais lá para a frente”.
João Ribeiro destaca a confiança do grupo em que “o trabalho está a ser bem feito”, recordando que “o objetivo é em agosto, em Tóquio” e não nesta Taça do Mundo ou Europeus, daqui a duas semanas, na Polónia.
“Sabemos que estamos cada vez mais perto. No mundial a diferença foi pouca [15 centésimos]. Hoje ainda menos. Estamos cada vez mais perto da medalha. É continuar a trabalhar, focados no objetivo e saber que Tóquio é já aí e estamos no caminho certo”, completou.
João Ribeiro ainda competiu em K2 500, com Messias Baptista, conseguindo o sexto lugar, resultado que lhes “soube a pouco”.
Além do quarto lugar do K4 500, o desempenho português na Taça do Mundo da Hungria destaca-se pelo bronze de Fernando Pimenta em K1 1.000 e de Teresa Portela e Joana Vasconcelos em K2 200, distância não olímpica.
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