O xadrezista norueguês Magnus Carlsen, pentacampeão do mundo, abandonou hoje o Mundial de rápidas e blitz, que está a ser disputado em Nova Iorque desde quinta-feira, por ter sido penalizado por vestir calças de ganga.

No segundo dia da competição, que termina hoje, Magnus Carlsen foi multado por esta indumentária, que é proibida pela Federação Internacional de Xadrez (FIDE).

“Depois, recebi um aviso de que não poderia jogar a ronda seguinte se não trocasse de roupa após a terceira partida”, das quatro agendadas para sexta-feira, explicou Carlsen, em declarações ao canal televisivo Take Take Take.

O norueguês disse ter perguntado se poderia prosseguir e apenas mudar de roupa para a jornada de hoje, mas, depois, concluiu “que se tornou uma questão de princípio”.

“Já não tenho idade para me preocupar”, afirmou o grande mestre, de 34 anos, confirmando a ausência da jornada de hoje.

Entretanto, o detentor dos títulos munidas de rápidas, que venceu cinco vezes, e blitz, que conquistou em sete ocasiões, publicou uma fotografia nas suas redes sociais com a sua indumentária.

“Os regulamentos da FIDE para os Campeonatos do Mundo de xadrez rápido e blitz, assim como o seu código de vestuário, são concebidos para garantir o profissionalismo e a justiça entre todos os participantes. Hoje [na sexta-feira], Magnus Carlsen violou o código de vestuário ao usar calças de ganga, que são explicitamente proibidas pelos regulamentos há anos”, lê-se no comunicado do organismo que rege esta modalidade.

De acordo com a FIDE, o norueguês foi multado em 200 dólares (cerca de 191 euros), tendo-lhe sido solicitado que mudasse de roupa, o que recusou, não tendo sido emparelhado na nona ronda da competição.

“No início do dia, Ian Nepomniachtchi foi também multado por violar o código de vestuário ao usar calçado desportivo. No entanto, Nepomniachtchi obedeceu, vestiu a roupa aprovada e continuou a jogar”, rematou a FIDE, aludindo à sanção, também de 200 dólares, imposta ao russo, vice-campeão do mundo, de 34 anos.