A Federação Angolana dos Desportos Motorizados (FADM) considera o antigo piloto português, Nicha Cabral, falecido segunda-feira em Lisboa, por doença, parte dos anais do automobilismo angolano.
Numa mensagem de condolências ao seu homólolo da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ramiro Barreira, presidente da FADM, lembra que Nicha Cabral, durante vários anos, participou em provas de automobilismo em Angola, ao lado de conceituados pilotos angolanos.
“O seu nome faz parte dos anais (…) do automobilismo angolano, não apenas como campeão, mas sobretudo pela imagem e promoção da modalidade, com vitórias retumbantes que marcaram a fase mais gloriosa da sua vida”- recorda a FADM, ao mesmo tempo que em nome dos desportistas do país, inclina-se perante a memória de Nicha Cabral e apresenta sentimentos de pesar à sua família e à FPAK.
Nicha Cabral, o primeiro piloto português a correr na Fórmula1, participou, ainda antes da independência dos países africanos de expressão portuguesa, em várias provas de automobilismo em Angola, ao volante de modelos da BMW, rivalizando com António Peixinho, outro português, mas que tinha preferência pelas Alfa Romeu.
Destaca-se no seu percurso em Angola, as seis Horas de Nova Lisboa (actual Huambo), que venceu ao volante do BMW 2800CS contra a Alfa Romeu T33 de António Peixinho, em 1971.
Porém, os dois rivais juntaram-se mais tarde na mesma equipa para correr as “3 Horas de Luanda” e depois as “6 Horas de Nova Lisboa” em 1973.
Além dessas, Nicha Cabral participou em outras provas, pelo país, como Sá da Bandeira (Lubango), Novo Redondo (Sumbe), incluindo Benguela, pautando-se sempre por uma condução no limite.
Falecido com 86 anos de idade, Nicha Cabral estreou-se na Fórmula 1 em 1959, no Grande Prémio de Portugal, disputado no Circuito de Monsanto, ao volante de um Cooper-Maserati.
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