O piloto Miguel Oliveira (KTM) disse esta segunda-feira que "é triste" o cancelamento do Grande Prémio do Qatar de MotoGP e o adiamento da corrida da Tailândia, mas concorda com a decisão, tomada "por questões de segurança".
Para o piloto de Almada, o surto de coronavírus "está a afetar mais do que aquilo que as organizações esperavam".
"O cancelamento do Qatar na véspera de viajar é algo que me apanha de surpresa, é como um balde de água fria. Tudo é feito pela segurança e a nossa organização [Dorna] tem sempre isso em consideração", destacou.
O piloto da Tech3 KTM vai aproveitar o mês de paragem para recuperar da lesão ao ombro direito contraída em 2019.
"Agora há pouco a fazer. Vou continuar a preparar-me fisicamente, recuperar ainda mais o ombro. Aproveitar que não vou ter corridas para dar um forcing na recuperação, mas é triste ver o campeonato a começar daqui a um mês. É como estudar para um exame e o exame estar cancelado", frisou.
Apesar da surpresa, Oliveira acredita que o cancelamento da jornada do Qatar foi a melhor solução.
"Concordo com a decisão. Falei com o Hervé Poncharal [diretor da Dorna, empresa promotora do campeonato] ao telefone várias vezes. A Dorna tentou tudo para levar as pessoas até ao Qatar, fosse com voos diferentes ou alugar aviões de propósito para o efeito, mas, neste momento, estão a monitorizar quem entra e quem sai. O facto de os italianos não poderem viajar para o Qatar é que impossibilita o GP, porque mais de metade do ‘paddock’ é composto por italianos", explicou.
Com o adiamento também do GP da Tailândia, previsto para dia 22 de março, o arranque do campeonato só deverá acontecer no dia 05 de abril, nos EUA. Mas até disso Miguel Oliveira duvida.
"A situação está a mudar de dia para dia, os casos aumentam, as fronteiras fecham. Mantenho em aberto que o campeonato não comece no Texas, se bem que a minha vontade era que começasse já este fim de semana", concluiu.
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