Domingos Piedade afirmou-se hoje «bastante otimista» na continuação do Grande Prémio de Motociclismo de Portugal naquele autódromo, desde que as pessoas «se reduzam aos seus deveres».
Fazendo o balanço no final da competição à agência Lusa, o diretor do circuito do Estoril reafirmou o seu descontentamento com as afirmações que questionaram a continuação da prova portuguesa no calendário do campeonato mundial.
Domingos Piedade considerou como um verdadeiro argumento para que o Grande Prémio de Portugal se mantenha no Estoril a «manutenção das pessoas exclusivamente» ligadas à prova e «sem a necessidade de se porem em bicos dos pés para terem a projeção que não lhes é devida».
Assumindo estar a referir-se ao vice-presidente da Federação Internacional de Motociclismo, Jorge Viegas, Domingos Piedade reafirmou que só ele e Carmelo Ezpeleta, presidente da Dorna, empresa organizadora do mundial, têm estado em conversações para a prova se manter no autódromo do Estoril.
A presença do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, e do secretário de Estado do Desporto, Alexandre Mestre, durante as provas são, para Domingos Piedade, a prova da «atenção e consideração pelo trabalho que tem sido feito».
Comentando os recordes de assistência, Domingos Piedade afirmou que já esperava face aos «preços suficientemente atrativos» para que as pessoas viessem ao Estoril nos três dias, salientando que os números chegaram a ultrapassar os registados quando a Fórmula 1 era disputada em Portugal.
Em declarações à Lusa, Carlos Carreiras tinha admitido que o Grande Prémio de Portugal de motociclismo pode sair do Estoril, mas por «razões que serão ainda mais importantes para Portugal e para Cascais», escusando-se, porém, a revelá-las.
«Estamos a trabalhar todos os dias com o Domingos Piedade [diretor do circuito], com o circuito do Estoril, com o Governo e outras entidades para que se não estivermos aqui [para o ano] por causa do MotoGP estaremos por razões ainda melhores e serão ainda mais importantes para Portugal e para Cascais», afirmou.
Questionado sobre quais os motivos, o autarca garantiu só «anunciar as coisas quando estão concretizadas».
«O mínimo que podemos esperar é tentar que o MotoGP esteja cá para o ano, se não estiver será pelos tais motivos muito melhores, os quais estamos a trabalhar e quando os concretizarmos serão anunciados», disse.
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