O regresso da Fórmula 1 a Portugal com um Grande Prémio no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, a 25 de outubro, é “uma boa notícia” para a região, considerou hoje o presidente da principal associação hoteleira algarvia.
“É uma boa notícia para o Algarve, que se aplaude, e espero vivamente que tenha continuidade nos anos vindouros”, afirmou à agência Lusa Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
O dirigente associativo destacou a importância para a região da “realização de um evento desta dimensão”, que, “além de gerar fluxos turísticos importantes, funciona como um meio privilegiado de promoção e divulgação turística, atendendo à enorme cobertura mediática que tem” a nível global.
Elidérico Viegas reconheceu que este é um “ano atípico” pelas consequências e impacto da pandemia de covid-19, que pode levar a que “não haja espetadores nas bancadas”, mas disse acreditar que, “no futuro, essa situação seja ultrapassada” para, “em períodos de menor procura, estes eventos poderem funcionar também como contributos importantes para esbater a maior fraqueza da região, que é a sazonalidade”.
“A Fórmula 1 insere-se naquela meia dúzia de eventos âncora que o Algarve deveria ter na estação baixa, que se afirmassem nos calendários europeus e mundiais das grandes realizações, como capazes de gerar fluxos turísticos importantes e, ao mesmo tempo, atendendo à cobertura mediática destes eventos, funcionar como meios privilegiados de promoção e divulgação da região no exterior”, argumentou.
O presidente da AHETA congratulou-se assim com o regresso da Fórmula 1 a Portugal, entre 23 e 25 de outubro, depois de em 2015 o Algarve ter “infelizmente” perdido o rali do Algarve como prova do campeonato do Mundo para outras zonas do país, lembrou.
Portugal vai receber a prova do Mundial de 2020 de Fórmula 1 em 25 de outubro, 24 anos depois da última passagem do Grande Circo por território nacional, foi hoje anunciado no Autódromo Internacional do Algarve, circuito que acolherá a corrida.
Para o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), a vinda da Fórmula 1 para Portugal “um momento histórico para a FPAK”.
“É uma notícia há muito esperada. Desde março que se trabalhou para que isto fosse possível. A FPAK teve intervenção junto da FIA e do Governo. Deu o seu contributo para que este projeto fosse aprovado. O Autódromo Internacional do Algarve fez a sua parte junto das equipas e dos detentores dos direitos”, sublinhou Ni Amorim, em declarações à agência Lusa.
O presidente realçou que a estrutura federativa vai ter, “pela primeira vez na sua existência, uma prova destas sob a sua égide” e confessou sentir “um orgulho enorme” por ser “o primeiro presidente em Portugal a poder aprovar uma prova de Fórmula 1”.
“Para mim e direção é um orgulho enorme porque a FPAK nunca autorizou uma prova de Fórmula 1 em Portugal. Quando se fez não havia federação. É histórico para nós”, justificou o antigo piloto.
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