A Mercedes, com o bicampeão Lewis Hamilton e Nico Rosberg, parte como favorita a novo título mundial de Fórmula 1, mas terá de bater uma Ferrari apostada em ameaçar a sua hegemonia, sob o comando de Sebastian Vettel.
Depois de mais um ano de domínio absoluto, com 16 triunfos em 19 corridas, que lhe valeram os dois primeiros lugares do campeonato, a equipa germânica é a grande candidata à sua própria sucessão, uma vez que não é expetável que haja grandes oscilações no seu desempenho.
Campeão o ano passado, com 10 grandes prémios conquistados e mais 59 pontos do que Rosberg, Hamilton é o ‘cabeça de cartaz' da 67.ª edição da competição, que arranca domingo, na Austrália, mas a concorrência é forte, desde logo interna.
Rosberg, vice-campeão em 2014 e 2015, promete um confronto ainda mais ‘aceso' com o companheiro de equipa, restando-lhe provar que os três triunfos seguidos a fechar a temporada passada, durante a qual somou seis, não foram ‘obra do acaso' e que tem aspirações legítimas ao ‘trono' da Fórmula 1.
Os dois pilotos da Mercedes ‘partem’ na frente, mas precisam de confirmar o favoritismo no ‘terreno’, face a uma Ferrari que recuperou do desastroso desempenho de 2014 e acabou por vencer três corridas na época transata, todas por intermédio de Sebastian Vettel.
Com um carro aparentemente ainda mais competitivo, a escuderia italiana volta a contar com a experiência e talento do tetracampeão mundial para tentar capitalizar a recuperação e evitar que a Mercedes solidifique a posição dominante na principal disciplina do desporto automóvel.
O piloto germânico voltará a formar dupla com o finlandês Kimi Raikkonen, quarto colocado em 2015 e que, muito provavelmente, terá a última oportunidade para demonstrar que merece conduzir um monolugar da Ferrari.
Na luta pelo terceiro posto do pódio de construtores surgem Williams, Red Bull e a surpreendente Force India - quinta classificada na época passada e que conta agora com um motor Mercedes -, todas elas com capacidade para causar impacto no Mundial.
A Williams, novamente com Felipe Massa e Valtteri Bottas ao volante, parece estar ligeiramente mais distante de uma luta com a Ferrari pelo segundo posto, enquanto a Red Bull, campeã entre 2010 e 2013, enfrentará um ano deveras decisivo, uma vez que o proprietário Dietrich Mateschitz ameaçou retirar a equipa da F1 na próxima época, caso esta não volte a ter motores competitivos, que lhe permitam lutar pelos lugares cimeiros.
Por outro lado, a McLaren-Honda surge novamente com menores probabilidades de sucesso no arranque da competição, embora seja difícil fazer pior que na última edição, em que terminou num modesto nono e penúltimo lugar, apesar de contar nas suas fileiras com dois campeões do mundo: o espanhol Fernando Alonso e o britânico Jenson Button.
De resto, prevê-se que a equipa britânica possa medir forças com a Toro Rosso - que conta com o prodígio holandês Max Verstappen, de 18 anos - a regressada Renault, a estreante Haas e a Manor, enquanto a Sauber parece ‘condenada' a ocupar o último posto, na sequência dos problemas financeiros que continuam a assolar a escuderia.
O Campeonato do Mundo de Fórmula 1 deste ano terá mais uma equipa (11), face às entradas da norte-americana Haas e da francesa Renault, esta última em substituição da Lotus.
No plantel de pilotos destacam-se as estreias do indonésio Rio Haryanto e do alemão Pascal Wehrlein, ambos da Manor, e do britânico Jolyon Palmer, na Renault, bem como os regressos do mexicano Estaban Gutiérrez (Haas) e do dinamarquês Kevin Magnussen (Renault).
O Grande Prémio da Austrália volta a ser o primeiro de um calendário com 21 provas, mais duas do que em 2015, devido à reintrodução dos GP da Alemanha e da Europa, este último a ter lugar no Azerbaijão.
A 67.ª edição do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 arranca domingo, no circuito de Melbourne, às 05:00 (hora portuguesa), e termina a 27 de novembro, em Abu Dhabi.
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