Milhares de espetadores que enchiam as bancadas da pista da Costilha, em Lousada, viram o campeão do mundo Sébastien Ogier (Volkswagen Polo) ser o mais rápido, numa prova com menos pó do que em 2015.

Assistir à superespecial de abertura este ano foi mais fácil para os espetadores que não se cansaram de aplaudir os mais rápidos em pista. A organização foi regando a pista com regularidade e esse pormenor acabou por resultar, o que agradou ao público que preencheu todos os espaços disponíveis.

Num estilo espetacular e rápido que é conhecido dos adeptos do Mundial de ralis, o francês campeão do mundo cumpriu as duas voltas ao circuito de 3,36 quilómetros com o tempo de 2.41,1 minutos, e assim bateu o recorde da pista sem cometer quaisquer erros.

O belga Thierry Neuville e o espanhol Dani Sordo, ambos em Hyundai i20, também deram o seu contributo para o 'show', terminando com a segunda e a terceira marcas, enquanto Diogo Salvi (Skoda Fabia R5) foi o mais rápido entre os pilotos portugueses.

Como se esperava, repetiu-se este ano a invasão de público, com muitos espetadores espanhóis nas bancadas, desde o princípio da tarde, e o colorido e a animação habituais dos Mundial de ralis.

As expetativas da organização e da autarquia local cumpriram-se também no capítulo do público, o que já foi realçado hoje pelo presidente da Câmara de Lousada, município que empenhou meios logísticos e recursos humanos na preparação da pista, das áreas de parqueamento de viaturas e nos acessos.

Pedro Machado disse à Lusa que a transmissão televisiva da classificativa chegou a 150 países, o que se vai traduzir, assinalou, num grande retorno para o concelho.

O autarca destacou que o evento desportivo, no imediato, tem também um impacto positivo na restauração e na hotelaria, nomeadamente ao nível refeições e dormidas, como hoje se verificou.

A tradição de Lousada no automobilismo através da pista da Costilha, frisou, constitui "um vetor de desenvolvimento do concelho e da região que tem ajudado a acrescentar notoriedade ao território". "É uma prova que mexe com milhares de pessoas. Os entusiastas deste desporto, gostando de cá estar, acabam por voltar", concluiu.