Foram precisos quatro anos até Alain Prost comentar o acidente que vitimou Ayrton Senna, no Grande Prémio de San Marino, em 1994. O piloto francês viveu uma rivalidade muito intensa com o astro brasileiro, nos dez anos em que coincidiram na Fórmula 1. Os dois foram de equipa na McLaren-Honda, foram protagonistas de grandes duelos em pista, com acidentes, momentos de ‘frisson’ pelo meio. Uma relação muito intensa em pista que Prost, atualmente com 64 anos, nunca mais esquecerá.
"Quando ele morreu, disse que senti que uma parte de mim também tinha morrido, porque as nossas carreiras estavam tão interligadas. Realmente quis dizer aquilo, mas sei que algumas pessoas não acharam que fui sincero", afirmou o francês, que só conseguiu falar da morte do antigo companheiro de equipa, quatro anos depois da morte de Senna.
Alain Prost confidenciou que Senna era melhor piloto que ele. Na Honda, o brasileiro tinha sido sempre superior ao seu colega de equipa.
"Nunca tive com a Honda a relação que Ayrton teve. Ele era muito rápido e muito melhor do que eu nas qualificações, muito mais comprometido. Foi muito bem-sucedido em tudo o que importava para ele, tudo o que ele definiu como metas para si", sublinhou.
Esta quarta-feira, dia 01 de maio, cumprem-se 25 anos desde a morte do piloto brasileiro Ayrton Senna, num fim de semana 'negro' para o automobilismo mundial e que 'mudou' a forma como Portugal via a Fórmula 1.
O dramático Grande Prémio de São Marino de 1994 marcou uma viragem histórica na Fórmula 1, pois não só obrigou a Federação Internacional do Automóvel (FIA) a alterar de forma radical as regras de segurança, como acabou por ser o momento da sucessão entre Ayrton Senna e o alemão Michael Schumacher, vencedor dessa prova.
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