Dos oito feridos na sequência do despiste no domingo de um piloto na Rampa Porca de Murça, seis já tiveram alta e dois permanecem no Hospital de Vila Real, disse esta segunda-feira fonte daquela unidade hospitalar.
Contactada esta segunda-feira pela agência Lusa, fonte da unidade hospitalar disse que seis dos feridos já tiveram alta, encontrando-se internados dois deles que, no domingo, foram considerados os casos mais graves.
A fonte referiu que aquelas duas vítimas sofrerem fraturas e não correm risco de vida.
O acidente ocorreu naquele concelho do distrito de Vila Real já depois do piloto ter cruzado a linha da meta.
A prova, que teve como palco a Estrada Nacional 15 (EN15), marcou o arranque do campeonato nacional de montanha e começou no sábado com 55 pilotos inscritos.
As duas vítimas mortais, ambas com 55 anos, são um funcionário da Câmara Municipal de Murça e uma mulher que vivia na aldeia de Levandeira, próxima do local do acidente.
Um dos feridos é um bombeiro da Corporação de Murça, de 56 anos, que se encontrava de serviço à prova. O piloto saiu ileso do acidente.
A organização da prova realizou uma conferência de imprensa no domingo à noite, na Câmara de Murça, onde garantiu que “não houve falha dos mecanismos de segurança”.
Nuno Loureiro, dirigente do CAMI Motorsport, clube organizador da prova, referiu que o piloto “é experiente” e adiantou que o acidente terá sido originado por uma “falha mecânica”.
Também Ni Amorim, da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), afirmou que “se confirma que foi uma falha técnica” e explicou que o acelerador terá colado e o carro terá ficado desgovernado.
O comandante da GNR de Murça, Teodoro Silvano, disse que a “prova cumpria todos os requisitos” e acrescentou que a GNR deslocou uma equipa especializada para o local, o Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV).
O veículo acidentado, segundo a GNR, encontra-se apreendido para futuras diligências ordenadas pelo Ministério Público.
O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, referiu que as vítimas “se encontravam nas zonas de espetáculo, cumprindo assim os requisitos impostos pela segurança da prova”, acrescentando que a autarquia vai “enveredar todos os esforços para averiguar o que efetivamente aconteceu e acionar todos os mecanismos” possíveis.
O autarca realçou que “a Rampa Porca de Murça é uma prova que acontece desde os anos 80, sem registo de incidentes”, sublinhando que o traçado “está homologado segundo as normas impostas pelas Federação Internacional do Automóvel e pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting.
A Câmara de Murça decretou três dias de luto, entre hoje e quarta-feira.
Comentários