A Federação Internacional de Natação (FINA) retirou à Rússia a organização do Mundial de piscina curta, em Kazan, e confirmou a exclusão de atletas e dirigentes russos e bielorrussos do Mundial de Budapeste, foi hoje anunciado.
Após o anúncio das medidas, tomadas “após a revisão de uma avaliação de risco independente”, a FINA foi informada pela Federação Russa de Natação da retirada de todos os seus nadadores dos eventos promovidos pelo organismo até ao fim do ano.
O Mundial de piscina curta (25 metros) mantém-se programado para decorrer de 17 a 22 de dezembro de 2022 e a FINA, que já tinha retirado outras competições à Rússia, está atualmente em discussões com possíveis anfitriões para assumir o evento.
Paralelamente, a FINA anunciou que abriu uma investigação ao nadador russo Evgeny Rylov por uma potencial violação das suas regras, após uma suposta participação num comício pró-guerra no Estádio Luzhniki, em Moscovo.
A FINA adianta que mantém a sua “mais forte condenação à invasão russa da Ucrânia” e reitera o seu compromisso de “apoiar a Federação Ucraniana de Natação, Mergulho e Natação Artística, enquanto se prepara para as próximas competições”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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