A seleção portuguesa feminina de râguebi estreia-se no Women’s Rugby Champioship 2024 (WREC24), no sábado, “com os olhos postos numa vitória”, disse hoje o selecionador português, que remeteu para o final da competição uma “avaliação” do desempenho.

Em declarações à agência Lusa, João Moura definiu como objetivo “fazer crescer um grupo alargado de jogadoras para consolidar o alto rendimento feminino” na primeira presença no principal escalão europeu, com exceção do torneio das Seis Nações, mas não deixou de apontar a pelo menos um triunfo nos três encontros.

“Todas as equipas trabalham com os olhos postos na vitória e a nossa seleção não é diferente. A mentalidade das nossas jogadoras é muito competitiva, querem sempre mais. Acreditamos e trabalhamos para ser o mais competitivos possível com todas as adversárias”, definiu o treinador das ‘lobas’.

Portugal enfrenta os Países Baixos no sábado, no Jamor, antes de receber também a Suécia, em 09 de março, e de visitar a Espanha, em 30 do mesmo mês.

As portuguesas qualificaram-se para o WREC24 após vencerem o ‘Trophy’ em 2022/23, com vitórias sobre Bélgica (71-5, fora), Finlândia (39-0, em casa), República Checa (51-0, em casa) e Alemanha (20-5, fora).

Após a subida de Portugal ao ‘Championship’, o ‘Trophy’ foi extinto por desistência das outras seleções, pelo que as ‘lobas’ encaram a primeira presença no WREC24 sem a pressão de uma possível descida de escalão.

“Honestamente, nem pensamos nisso. Estamos empenhados em fazer o nosso melhor, crescer, evoluir e competir o melhor possível neste campeonato. No final dos três jogos, avaliaremos o percurso feito”, desvalorizou João Moura.

Já o facto de começar em casa “é sempre importante”, até porque vai permitir “trazer mais gente ao estádio e continuar a promover o râguebi feminino”, e toda a gente está “ansiosa para que a competição comece”.

“Temos pela frente uma equipa que está mais habituada do que nós a este nível de competição e de intensidade, pelo que queremos, na medida do possível, aplicar bem o que temos trabalhado. É o grande objetivo frente aos Países Baixos", definiu João Moura.

Até porque, acrescentou a capitã Daniela Correia, as neerlandesas “são uma equipa fisicamente maior e mais forte” do que as portuguesas, que trabalharam nas últimas semanas, no Jamor, “em função disso e das próprias armas”.

“Vão ser 80 minutos muito duros, temos de estar muito concentradas, entrar fortes em cada lance, sem erros. Esperamos um adversário muito físico, a querer ganhar todos os embates e, depois, a tentar anular o nosso jogo rápido. Mas estamos preparadas e vamos ver se conseguimos a vitória”, disse Daniela Correia à agência Lusa.

A jogadora do Spot CP assegurou que “o grupo está confiante”, mas também “ansioso” para que chegue o primeiro de três jogos em que “a ambição é sempre ganhar”.

“São três equipas fisicamente mais fortes do que nós, mas o objetivo é conseguir a melhor prestação e tentar sempre vencer um jogo. Isso não há volta a dar”, reconheceu a capitã.

Assim, as ‘lobas’ vão tentar “surpreender já os Países Baixos”, antes de receberem a Suécia, adversário com o qual perderam por apenas 7-5 num teste particular em novembro de 2022.

“Depois, contra a Espanha, sabemos bem o nível delas, mas vamos querer ser competitivas. Entrar para ganhar, claro, como em todos os jogos, mas nesse queremos ser competitivas todos os minutos e chegar ao fim com um bom resultado”, apontou a defesa portuguesa.

A seleção portuguesa feminina de râguebi vai disputar pela primeira vez, a partir de sábado, o Women’s Rugby Championship, principal escalão europeu da modalidade, com exceção do torneio das Seis Nações.

Portugal vai defrontar Países Baixos (sábado), Suécia (09 de março) e Espanha (30 de março), seleção que venceu sete vezes a competição, incluindo as últimas cinco edições, e qualificou-se para seis das nove edições do Campeonato do Mundo feminino.