em nome próprio de pentacampeã nacional. Usa, inclusive, igual diminutivo. Só o apelido difere. Teresa Pereira, ou Teresinha, como por vezes é tratada, quer, contudo, assumir as diferenças em relação a Teresa Bonvalot, surfista olímpica e requalificada para o Challenger Series, competição que serve de qualificação para o CT, circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL) . “Acho que sou diferente”, assume.

Teresa Pereira, 17 anos e Teresa Bonvalot, 25, recordista da etapa no Porto, com sete triunfos (2013, 2014, 2017, 2018, 2020, 2021 e 2022), encontram-se na ronda de abertura do Somersby Porto Pro, segunda etapa da Liga MEO surf, Leça da Palmeira, Porto. Maria Dias e Mafalda Cunha farão companhia às Teresas no heat 3 da competição que termina amanhã, 27.

Teresa Pereira, ex-vice campeã nacional sub-16, compete na Liga MEO desde 2021, depois de ter vivido “na Califórnia (EUA) entre os “nove e 11 anos”, recordou ao SAPO DESPORTO.

No ano passado, terminou em sexto do ranking nacional. Finalizou duas etapas em 3.º, Ribeira Grande, Açores e Peniche e recebeu dois prémios -  atleta que mais evoluiu no ano de 2024 e melhor júnior do ano - na gala anual da Associação Nacional de Surfista (ANS), responsável pela organização da Liga MEO.

“Foi um ano em que correu super bem, superou as expectativas e até recebi dois prémios, não estava à espera”, confessou a atual 19.ª da hierarquia ao revisitar a prestação no circuito que apura os campeões nacionais de surf.

A representar o Clube de Surf do Porto, treinada por Marcelo Martins, procura retirar dividendos de surfar nas praias do Porto.

“É um sítio onde estou habituada a surfar, é uma praia que conhecemos e estamos habituados. Acho que é uma vantagem”, assumiu. No entanto, esse proveito permitiu-lhe atingir só um 5.º lugar, em 2023, melhor resultado que alcançou no Porto.

10.ª classificada no Mundial ISA Junior, em 2023, espera integrar a próxima lista de convocados de David Raimundo na competição global e traça outras metas.

“Este ano, espero ir ao Mundial ISA, fazer melhores resultados na Liga MEO e no Pro junior (8.ª na temporada passada)”, assinalou a surfista do Norte, ex-praticante de jiu-jitsu e estudante do 12.º ano, área de Humanidades.

O Porto, é a etapa que acontece há mais tempo de forma ininterrupta no circuito nacional: 20 edições. A paragem volta a contar com a presença de Frederico Morais, ex-CT, e detentor de três vitórias em Matosinhos/Leça da Palmeira, o último dos quais há 10 anos (2010, 2013 e 2015). Vasco Ribeiro, a cumprir ainda castigo por falhar um controlo anti doping, é o Rei da Invicta, com seis triunfos, 2012, 2014, 2017, 2020, 2021 e 2023.

Francisca Veselko, vencedora das duas últimas edições no Porto, igualmente requalificada para o CS, veste a licra amarela. No masculino, Luís Perloiro envregou, pela primeira vez, a licra Go Chill de líder do ranking nacional.

Como curiosidade, Afonso Antunes triunfou em 2022, exatamente 19 anos depois da vitória do seu pai, João Antunes (2003). Filipa Leandro, mãe de Kika Veselko, foi a vencedora em 1992, ano que marcou a primeira edição da etapa do Porto no circuito nacional que apura os campeões nacionais de surf.