Juan Martin del Potro volta a ser a grande figura da 24.ª edição do agora chamado Portugal Open em ténis (ex-Estoril Open), com o argentino a apontar para um inédito terceiro troféu em Portugal.
Em 23 anos de torneio, o Jamor consagrou quatro bicampeões, a última vez em 2012, quando Del Potro conquistou a “segunda”, podendo agora conquistar a “terceira”, e de forma consecutiva.
Em período de crise económica, o diretor do torneio, João Lagos, aposta muito num feito de Del Potro, que poderá “imortalizar” um torneio agora “maquilhado” com um novo nome.
O argentino já reforçou este ano o currículo com o título conquistado em Roterdão, passando para 14 os troféus que ganhou no circuito. O mais importante continua a ser o alcançado em 2009 no US Open, o último Grand Slam do ano.
Em sete torneios já disputados este ano, o argentino disputou duas finais (foi derrotado no Masters de Indian Wells pelo espanhol Rafael Nadal) e não guarda boas memórias da primeira, e até agora única, experiência em terra batida.
Na estreia do “pó de tijolo” no circuito Masters, em Monte Carlo, Del Potro foi afastado logo na terceira ronda por um jogador que também já escreveu o nome no torneio português, o finlandês Jarkko Nieminen, finalista da edição de 2002.
Face à provável indisponibilidade, por problemas físicos, do número um português, João Sousa, na 104.ª posição da hierarquia, João Lagos já “resgatou” para o quadro principal o segundo e terceiro jogadores lusos mais cotados, Gastão Elias, no lugar 113 do ATP Tour, e Pedro Sousa, 218.º.
A viver o melhor período desde que se tornou profissional, Gastão Elias já apresente resultados positivos em terra batida no cartão de visita, como a recente vitória no “challenger” brasileiro de Santos, uma semana depois de ter chegado às meias-finais, também no Brasil, do torneio de Itajai.
Com apenas 22 anos, Gastão Elias marcará presença no Jamor pelo oitavo ano consecutivo, com quatro passagens pelo quadro principal, onde foi sempre eliminado à primeira.
Quanto a Pedro Sousa, o número três nacional já disputou este ano três finais da categoria “future” (terceiro escalão mundial), tenho ganho em Portugal uma delas, num confronto decisivo diante Rui Machado.
Em inícios de abril, chegou às meias-finais do “challenger” (segundo escalão)de Barranquilla, na Colômbia.
Na prova feminina, o cartaz é ilustrado pela russa Svetlana Kuznetsova, vencedora de Roland Garros de 2009 e do US Open de 2004, e a eslovaca Dominika Cibulkova, atual número 15 do Mundo (já foi 12.ª).
Longe dos tempos áureos, Kuznetsova, que chegou a ser número dois do Mundo em setembro de 2007, vai resistindo agora na primeira metade do “top-50” (42.ª)
Kuznetsova tem 13 títulos na carreira em singulares, onde se se incluem os dois “Grand Slam”, dos quais também foi finalista em 2009, no caso do Open dos Estados Unidos, e em 2006, no caso de Roland Garros.
No currículo, a tenista russa conta ainda com 15 títulos em pares, um deles no Open da Austrália ao lado de Vera Zvonareva em 2012.
Quanto a Cibulkova, teve como melhor resultado este ano a final, logo no início da temporada, do torneio de Sidney. Na temporada passada, Cibulkova, que soma dois títulos no circuito, chegou aos quartos de final de Roland Garros, a prova “rainha” da terra batida.
Para Maria João Koheler, número um portuguesa (105.ª do “ranking”) foi reservada por João Lagos uma vaga no quadro principal, num ano iniciado pela portuguesa com uma inesperada presença na segunda ronda do Open da Austrália.
Esta será a sexta presença de Koehler no torneio português, a quinta no quadro principal. Em 2012 chegou à segunda ronda, mas acabou eliminada pela principal favorita em prova, a italiana Roberta Vinci.
O “novo” Portugal Open decorre entre 27 de abril e 05 de maio nos “courts” de terra batida do Complexo do Jamor.
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