A tenista polaca Iga Swiatek, número um do mundo, manifestou-se hoje a favor de proibir atletas russos e bielorrussos de jogar, pois só assim o ténis, que “deveria ter feito mais”, passava uma “mensagem forte”.
Iga Swiatek, de 21 anos, reconheceu que a situação provocada pela Rússia, que em 24 de fevereiro de 2022 lançou uma invasão militar em larga escala no leste da Ucrânia, “não é culpa dos atletas”, mas o desporto desempenha um papel importante porque é “usado como propaganda”.
“Li que depois da II Guerra Mundial, os atletas alemães, tal como os japoneses e os italianos, não podiam competir, e acho que uma política semelhante agora teria mostrado ao governo russo que não vale a pena”, afirmou Iga Swiatek em declarações à BBC.
Wimbledon foi o único torneio que não permitiu a entrada de jogadores russos e bielorrussos, o que lhe valeu pesadas sanções económicas, até dois milhões de euros, por parte das grandes organizações de ténis.
Este ano, o terceiro Grand Slam da temporada inverteu a situação e vai permitir aos tenistas destas nacionalidades jogar, desde que o façam sob bandeira neutra, à semelhança dos restantes torneios do circuito.
“Agora seria injusto fazê-lo, porque a decisão deveria ter sido tomada há um ano. Não é culpa desses jogadores que tenham um passaporte russo ou bielorrusso, mas acho que teria ajudado a impedir a agressão russa”, acrescentou a polaca.
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