O norueguês Casper Ruud, vice-campeão de Roland Garros, e a número um mundial Iga Swiatek acederam hoje aos quartos de final do major francês, num dia em que a brasileira Beatriz Haddad venceu o encontro mais longo do ano.
Contrariamente à polaca Swiatek, que só esteve em court 31 minutos até ver a adversária desistir, por não se sentir bem, Casper Ruud, quarto colocado no ranking ATP, teve de trabalhar muito para eliminar o chileno Nicolas Jarry (35.º ATP) em três sucessivos sets, por 7-6 (7-3), 7-5 e 7-5, após anular 14 dos 17 break points que enfrentou.
“Para mim, foi fantástico. Três sets muito, muito duros. Acho que hoje tenho de agradecer a minha equipa por puxar por mim todos os dias no treino, porque nem todos os dias são tão duros como hoje. Mas faço o meu trabalho e sinto-me bem fisicamente”, destacou o nórdico.
Apesar dos 56 ‘winners’ de Jarry contra os 31 pontos ganhantes do opositor, Casper Ruud levou a melhor ao fim de três horas e 20 minutos no court Philippe-Chatrier, onde assegurou pela terceira vez a passagem aos quartos de final de um major, graças a um jogo sólido do fundo do court e mais assertivo nos momentos decisivos.
“Foi difícil. Tem sido ventoso este ano, mas penso que estive bem. Estava um break abaixo no segundo e terceiro sets… Estou muito feliz por ter conseguido anular o serviço dele e ganhar os pontos mais importantes do encontro”, acrescentou o jovem norueguês, de 24 anos.
Garantida a manutenção em prova, o também vice-campeão do Open dos Estados Unidos vai reeditar os quartos de final de há um ano, na catedral da terra batida, com o dinamarquês Holger Rune (sexto ATP), que hoje precisou de se aplicar a fundo para afastar o argentino Federico Cerundolo (23.º ATP), em cinco partidas, com os parciais de 7-6 (7-3), 3-6, 6-4, 1-6 e 7-6 (10-7), ao cabo de três horas e 59 minutos.
Já o alemão Alexander Zverev (27.º ATP), que há um ano contraiu uma lesão grave no tornozelo direito durante a meia-final com Rafael Nadal, que o afastou largos meses dos courts, após uma cirurgia, não encontrou grandes dificuldades para derrotar o búlgaro Grigor Dimitrov (29.º ATP), por 6-1, 6-4 e 6-3, no encerramento da jornada no court Phiippe-Chatrier.
De regresso aos quartos de final do segundo torneio do Grand Slam da temporada, o germânico, semifinalista nas duas edições da prova, vai defrontar agora o argentino Tomas Martin Etcheverry (49.º ATP), carrasco do japonês Yoshihito Nishioka, 27.º cabeça de série, com os parciais de 7-6 (10-8), 6-0 e 6-1.
Na competição feminina, mais um dia sem grande história para a favorita e bicampeã de Roland Garros (2020 e 2022), Iga Swiatek, que passou aos quartos de final pelo quarto ano consecutivo, depois da desistência da sua adversária, a ucraniana Lesia Tsurenko, quando perdia por 5-1.
“Tenho alguma coisa como a [Elena] Rybakina teve, um vírus ou algo do género. O meu corpo não estava a aguentar, fiz o possível por gerir, mas infelizmente é algo diferente para fazer uma vida norma e jogar ténis”, explicou Tsurenko, revelando não ter conseguido treinar na véspera do encontro.
Face à retirada da ucraniana (66.ª WTA), a polaca regista agora 11 triunfos consecutivos no pó de tijolo parisiense, onde defende o título e vai agora medir forças com a jovem norte-americana Coco Gauff (sexta WTA), responsável pelo desaire da eslovaca Anna Karolina Schmiedlova (100.ª WTA), por 7-5 e 6-2, naquela que será a reedição da final de 2022.
Enquanto a tunisina Ons Jabeur (sétima WTA), vice-campeã de Wimbledon e do Open dos Estados Unidos, na época passada, vai se estrear nos quartos de final do major francês, ao bater a norte-americana Bernarda Pera (36.ª WTA), por 6-3 e 6-1, a brasileira Beatriz Haddad (14.ª WTA) e a espanhola Sara Sorribes Tormo (132.ª WTA) travaram o mais longo duelo de 2023.
Ao final das três horas e 51 minutos no curt Suzanne-Lenglen, saiu vencedora Haddad, por 6-7 (3-7), 6-3 e 7-5, tornando-se na primeira tenista brasileira a atingir os quartos de final de um torneio do Grand Slam na Era Open, desde Maria Bueno em Roland Garros e Wimbledon, em 1968.
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