O tenista espanhol Rafael Nadal parte como incontestado favorito à conquista do 11.º título em Roland Garros, segunda prova do Grand Slam de 2018, que contará com o português João Sousa no quadro principal.
Poucos dias depois de ter desalojado da liderança do ‘ranking’ mundial o suíço Roger Federer - que abdicou do torneio francês de terra batida, a superfície que lhe é menos favorável -, Nadal parece, aos 31 anos, não ter adversários à altura.
O espanhol perdeu apenas um encontro em terra batida desde que se impôs na final de Roland Garros de 2017, nos quartos de final do torneio de Madrid, frente ao austríaco Dominic Thiem, que quebrou o recorde de 50 ‘sets’ consecutivos vencidos pelo número um do mundo.
Thiem, oitavo classificado da hierarquia mundial, foi, precisamente, o último tenista a vencer o espanhol naquele tipo de superfície, em Roma, pouco antes da caminhada triunfal de Nadal no Grand Slam francês, e poderá agora retirar alguma vantagem psicológica dessas duas vitórias.
Apesar do desaire no seu país, Nadal conquistou este ano o 11.º título em Monte Carlo e Barcelona e o oitavo em Roma, procurando continuar a reescrever a história em Roland Garros, que já venceu por 10 vezes (2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2017).
O mau momento de forma do sérvio Novak Djokovic, 22.º do ‘ranking’ mundial, aumenta o favoritismo do espanhol, que poderá ter em Alexander Zverev, terceiro da hierarquia, um dos maiores adversários, apesar de o alemão ainda não conseguido ultrapassar a quarta eliminatória de um ‘major’.
Entre os ‘grandes’ do ténis estará apenas um português, João Sousa, número 48 do mundo, que teve entrada direta e poderá defrontar Nadal na segunda ronda, caso ultrapasse na estreia o argentino Guido Pella, 81.º, e o espanhol confirme o favoritismo frente ao ucraniano Alexandr Dolgopolov.
Sousa está motivado pela recente conquista do Estoril Open - tornando-se o primeiro português a impor-se no torneio ‘caseiro’ -, o terceiro título conquistado na carreira, depois dos sucessos alcançados em Kuala Lumpur, em 2013, e em Valência, em 2015.
Portugal poderia estar representado por quatro jogadores, mas João Domingues perdeu logo na primeira ronda com o bielorrusso Ilya Ivashka e Pedro Sousa foi eliminado na segunda pelo argentino Marco Trungelliti e Gonçalo Oliveira caiu às portas da entrada no quadro principal, frente ao australiano Bernard Tomic.
No setor feminino, a letã Jelena Ostapenko terá mais dificuldade em reeditar o triunfo de 2017, quando se tornou a primeira tenista a conquistar o primeiro título da carreira numa prova do Grand Slam em quase 40 anos e a primeira desde 1933 a vencer Roland Garros sem ter estatuto de cabeça de série.
A romena Simona Halep, líder do ‘ranking’ mundial, derrotada por Ostapenko na final do ano passado – tal como já tinha acontecido em 2014, frente à russa Maria Sharapova -, é uma das mais fortes candidatas, tal como a espanhola Garbiñe Muguruza, campeã em 2016.
O arranque do torneio está ainda a ser marcado pela recusa da organização em atribuir estatuto de pré-designada à norte-americana Serena Williams, vencedora em 2002, 2013 e 2015, que foi mãe e esteve afastada da competição durante mais de um ano.
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