As expectativas de Portugal apurar, durante os mundiais de Haia, três classes de vela para os Jogos Olímpicos continuem intactas, com os 470, ILCA 7 e ILCA 6 a seguirem dentro de posições de apuramento para Paris2024.

Em 470, Diogo Costa e Carolina João voltaram a progredir, agora duas posições, para sextos, num dia em que começaram por descartar um 23.º lugar, o seu pior resultado até agora, conseguindo posteriormente serem segundos e quintos.

Os olímpicos em Tóquio2020, embora em classes distintas, somam 51 pontos em prova que continua a ser comandada, de forma incontestada, pelos japoneses Keyju Okada e Miho Yoshioka, com somente 17, com folgada vantagem para os germânicos Simon Diesch e Anna Markfort, segundos, com 41.

A classe 470 qualifica os oito primeiros para Paris2024, excluindo a França e cada país a ser representado apenas por uma embarcação, pelo que, nestas contas particulares, Diogo e Carolina são quintos.

Já Eduardo Marques é 16.º nessa mesma classificação em ILCA 7, precisamente o número de vagas desta classe, na qual o luso também avançou para a frota de ouro.

Eduardo Marques, que assume estar “um pouco abaixo das expectativas” com que veio para os Países Baixos, obteve um 15.º e um 25.º lugares, sendo na geral 27.º, com 42 pontos.

Sem competir hoje, devido a problemas técnicos com o ILCA 7, que atrasou a sua de ILCA 6, a grega Vasileia Karachaliou, vice-campeã da Europa, e que compete por Portugal, manteve a 15.ª posição, sempre dentro das 16 nações mais fortes que vão aos Jogos.

De resto, em ILCA 7, Lourenço Mateus, 82.º, e Santiago Sampaio, 90.º, caíram para a frota de prata, na segunda metade da classificação.

Em kite, com oito lugares para Paris2024, Tomás Pires de Lima é 42.º e Pedro Afonso Rodrigues 61.º, enquanto Mafalda Pires de Lima é 33.ª, ainda sem perder as esperanças olímpicas, quando o evento vai sensivelmente a meio.

Em 49er, que atribui 10 vagas, os jovens irmãos Ricardo e Tiago Alves são 72.º, sendo que o olímpico Pedro Costa e João Bolina estão em 75.º, ambas as tripulações com um longo caminho para o sonho olímpico.

Na vela adaptada, Pedro Reis e Guilherme Ribeiro, bronze em Omã, em 2022, na classe RS Venture, estão agora a uma regata de poderem confirmar a medalha de prata, pois já não conseguem ir ao ouro, mas ainda precisam defender o bronze.

Em Handa 303, João Pinto teve hoje folga e na quarta-feira terá somente uma prova na qual espera poder confirmar o terceiro lugar e a medalha de bronze.

Os Mundiais de vela, primeira fase de apuramento olímpico, reúnem cerca de 1.400 atletas de 81 países em Haia, até 20 de agosto.

Na capital dos Países Baixos começa a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.