
As seleções da Sérvia, que inicia a defesa do título na quinta-feira frente à Bélgica, e da Polónia, 3.ª classificada há dois anos, que se estreia com Portugal, encontram-se uns furos acima das restantes e devem decidir, entre si, a liderança do grupo A.
Depois do frustrante 5.º lugar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, a bicampeã mundial Polónia quer, frente ao seu público, na Tauron Arena Cracóvia, restaurar a imagem e apresentar credenciais para, pela segunda vez, erguer o troféu.
Os zona 4 Wilfredo Leon (nascido em Cuba) e Michal Kubiak, o oposto Bartosz Kurek e o líbero Pawel Zatorski são os jogadores em destaque na Polónia, que conta no currículo com três títulos mundiais (1974, 2014 e 2018), um Europeu (2009), um olímpico (Montreal1976) e uma Liga Mundial (2012).
A anfitriã Polónia terá como principal adversário no grupo A – com duelo marcado para sábado - a campeã em título Sérvia, que falhou a qualificação para Tóquio2020, e que procura no Europeu2021 somar o seu quarto título, após os alcançados em 2001, 2011 e 2019.
Desde 1995, a Sérvia (ainda como Jugoslávia) subiu dez vezes ao pódio europeu, conquistando, para além das três medalhas de ouro, uma de prata e seis de bronze, de um total de 12, o que a torna numa das seleções mais tituladas.
Com ‘estrelas’ como o oposto Aleksandar Atanasijevic, o zona 4 Uros Kovacevic e os centrais Srecko Lisinac e Marko Podrascanin, os sérvios estão numa série vitoriosa em europeus de 10 jogos consecutivos, desde o bronze alcançado no Europeu2017.
Com a questão da luta pela liderança do grupo entregue, em princípio, à Polónia e à Sérvia, as quatro restantes seleções deverão decidir entre si, num ‘minicampeonato’ sem margem para erro, os dois outros lugares que dão acesso aos oitavos de final.
Neste segundo patamar, as seleções da Bélgica, que terminou em 4.º o Europeu2017 e, já este ano, também ficou em 4.º na Golden League, e da Ucrânia, vice-campeã da Golden League, levam vantagem em relação a Portugal e à Grécia.
O jogo ofensivo dos belgas, que venceram a Liga Europeia em 2013 e terminaram em 10.º o Mundial2018, passa quase sempre pelos zona 4 Sam Deroo e Tomas Rousseaus, servidos pelo distribuidor Stijn D’Hulst.
A Ucrânia é uma seleção que poderá surpreender, dado o conjunto de soluções que apresenta e das quais se destacam o oposto Dmytro Vietskiy, os zona 4 Ian Iereshchenko e Oleh Plotnytskiy, o distribuidor Oleksii Holoven e o central Volodymyr Ostapenko.
De regresso ao Europeu2019 após 14 anos de ausência, a Ucrânia terminou no 7.º lugar há dois anos e agora, na sua sexta presença, pretende melhorar o sexto posto alcançado na sua estreia em 1993.
A Ucrânia participou apenas por uma vez num Mundial, em 1998, tendo terminado em 10.º e venceu a Liga Europeia em 2017. A prova foi remodelada como Golden League e a seleção ucraniana foi vice-campeã este ano.
As seleções de Portugal e da Grécia são, à partida, as que terão maior dificuldade para alcançar os oitavos de final, mas poderão intrometer-se na luta com a Bélgica e a Ucrânia na passagem à fase a eliminar.
Portugal surge no Europeu2021, pela segunda edição consecutiva, com uma fase de apuramento 100 por cento vitoriosa e com jogadores como o distribuidor Miguel Tavares Rodrigues, o oposto Hugo Gaspar e o zona 4 e capitão Alexandre Ferreira em grande forma.
Oitavo classificado no Mundial2002, Portugal apresenta ainda como principais registos o triunfo na Liga Europeia de 2010, após a prata em 2007 e o bronze em 2009. A seleção lusa venceu ainda a Challenger Cup de 2018, de promoção à Liga das Nações (antiga Liga Mundial).
A Grécia, impulsionada pelo central Georgios Petreas, pelo zona 4 Athanasios Proyopsaltis, pelo oposto Nikos Zoupanis e pelo distribuidor Konstantinos Stivachtis é também uma seleção a ter em conta na luta pela passagem aos oitavos de final no patamar de Portugal, Bélgica e Ucrânia.
Como melhor resultado na prova, a Grécia apresenta o terceiro lugar alcançado em 1987. A seleção helénica foi ainda sexta classificada no Mundial de 1994 e conquistou a prata na Liga Europeia em 2014 e o bronze em 2006.
A fase final do Europeu, que arranca hoje e decorre até 19 de setembro, vai ser repartida por quatro países anfitriões – Polónia, Finlândia, Estónia e República Checa – e envolve a participação de 24 seleções.
A seleção portuguesa estreia-se na quinta-feira na competição, frente à anfitriã e bicampeã mundial Polónia, em Cracóvia, em jogo que terá inicio às 17:30 locais (16:30 em Lisboa).
*** Por Alberto Peres, enviado da agência Lusa ***
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