
Miguel Oliveira continua sem certezas quanto ao seu futuro na grelha do MotoGP. Apesar de ter contrato com a Pramac Racing até 2025, uma cláusula de desempenho pode comprometer a continuidade do piloto português na equipa, que utiliza material de fábrica da Yamaha.
Nos bastidores, crescem os rumores sobre um possível papel de piloto de testes numa equipa de fábrica, com a Yamaha a ser o cenário mais falado. Oliveira surge como possível sucessor de Cal Crutchlow, que termina contrato com os japoneses no final da temporada. Também é apontado ao programa de testes da Aprilia ou até a uma mudança para o Mundial de Superbikes, onde pode beneficiar da eventual saída de Jonathan Rea da Yamaha oficial.
A lesão sofrida na Argentina, que o afastou de três Grandes Prémios, pode ter pesado na avaliação da Pramac e da Yamaha. Em entrevista à Speedweek.com, o diretor da equipa, Gino Borsoi, destacou as qualidades técnicas e humanas do português, mas reconheceu que a paragem foi “muito prejudicial” para o projeto.
"Ele é um ótimo profissional e uma ótima pessoa, gosto muito de trabalhar com ele", afirmou Borsoi, lamentando que o acidente tenha impedido Oliveira de “mostrar a sua verdadeira velocidade”.
O dirigente sublinhou que o piloto “precisa de uma moto bem ajustada para ser rápido” e deixou claro que a decisão sobre quem continuará na Pramac em 2025 será tomada em conjunto com a Yamaha – embora com aparente indefinição entre ambas as partes: “A Yamaha diz que a Pramac decide, e a Pramac diz que é a Yamaha.”
O australiano Jack Miller, colega de equipa de Oliveira, é visto como favorito a continuar, fruto de resultados mais consistentes e da sua personalidade mais vincada, que pode agitar a estrutura da Yamaha, nomeadamente Fabio Quartararo.
A decisão definitiva deverá ser anunciada depois das férias de verão, que terminam a 17 de agosto, com o Grande Prémio da Áustria.
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