O Athletico-PR do Brasil rescindiu, esta sexta-feira (12), os contratos do lateral-esquerdo Pedrinho e do médio equatoriano Bryan García, cujos nomes apareceram em mensagens de apostadores.
"A integridade e a ética são valores irrenunciáveis ao Club Athletico Paranaense", informou, em nota, o clube.
O 'Furacão' comunicou que não se pronunciará mais sobre o caso dos dois jogadores, que estavam no clube vice-campeão da Taça Libertadores de 2022, "por entender que a questão deve ser tratada pelas autoridades competentes".
"Entendemos ser dever de todos, principalmente daqueles que praticam e vivam do futebol, preservar e proteger este património, combatendo duramente toda e qualquer conduta que ameace a sua dignidade e credibilidade", acrescenta o Athletico na nota.
Pedrinho, de 20 anos, e García, de 22, tinham sido afastados na última quarta-feira, quando os seus nomes apareceram em conversas entre apostadores divulgadas pelo Ministério Público de Goiás.
Os jogadores ainda não se manifestaram e até o momento não foram denunciados pela sua suposta participação no esquema de manipulação de resultados.
Segundo as investigações do MPGO, a "organização criminosa" oferecia valores de 50 mil a 500 mil reais (9.236 a 92.360 euros) a jogadores para serem admoestados com amarelos ou vermelhos, forçarem um certo número de cantos e provocarem pênaltis.
As autoridades suspeitam que os criminosos atuam inclusive fora do Brasil, que nos últimos anos endureceu as penas e aumentou os investimentos para monitorizar as apostas.
Na última terça-feira, um tribunal do estado de Goiás aceitou a denúncia da Procuradoria contra 16 pessoas investigadas por alegadamente participarem num esquema de manipulação de resultados.
Entre eles, figuram vários futebolistas como Eduardo Bauermann (Santos), Igor Cariús (Sport Recife), Víctor Ramos (Chapecoense), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo), Matheus Gomes (Sergipe) e Gabriel Tota (Ypiranga).
Os investigadores identificaram manipulações em pelo menos "13 jogos de futebol", entre os quais oito do campeonato de 2022 da primeira divisão e um da segunda.
Segundo a acusação, os futebolistas comprometiam-se "a cometer penáltis" e "faltas" para receberem cartões amarelos e vermelhos com o objetivo de favorecer os apostadores.
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