O treinador do Botafogo, o português Artur Jorge, disse hoje que o clube, líder do campeonato brasileiro de futebol, quer “fazer história” na final de sábado da Taça Libertadores, ante o Atlético Mineiro.

“O que fizeram as duas equipas trouxe-lhes o mérito para chegar à final. Naturalmente, nós temos a ambição de sermos campeões amanhã [sábado]. Queremos fazer história, porque o Botafogo foi muito consistente este ano e merece os títulos no final da temporada”, declarou o técnico, em conferência de imprensa.

Na ‘pole position’ para vencer também o Brasileirão, a duas jornadas do final, o treinador luso quer evitar “ficar a meio caminho” numa época que pode ser histórica para o ‘Fogão’, à procura de vitória inédita na maior competição da América do Sul.

Depois de eliminar Palmeiras, São Paulo e Peñarol no caminho para a final, Artur Jorge pede agora “equilíbrio para um jogo desta dificuldade”. “Vamos enfrentar um adversário muito difícil e teremos muito trabalho”, admitiu.

Ainda assim, confia nos jogadores para “lutar pelo título até ao último segundo, até à última gota de suor”, ainda por cima com o prémio adicional de marcar presença no Mundial de clubes, em julho de 2025.

No comando dos brasileiros do Botafogo, o ex-técnico do Sporting de Braga, de 52 anos, precisa de vencer no sábado o Atlético Mineiro para replicar o que Jesus conseguiu ao serviço do Flamengo, em 2019, e Abel pelo Palmeiras, em 2020 e 2021.

“Arrisco-me a dizer que, pela dimensão, é o jogo mais importante da minha carreira. Não há dúvidas. Mas também é uma grande responsabilidade”, acrescentou.

Do outro lado, um Atlético Mineiro, 10.º no campeonato brasileiro, que não vence há 10 jogos seguidos em todas as competições, perdendo a final, a duas mãos, da Taça do Brasil, ante o Flamengo.

“Estamos mal no Brasileirão, perdemos a Taça. Ter a hipótese de vencer a Libertadores é tudo o que importa. (...) É o jogo da minha vida”, declarou o capitão, o ex-FC Porto Hulk, também em conferência de imprensa no Monumental, em Buenos Aires.

Com mais de 60 mil bilhetes vendidos e os brasileiros a ‘ocuparem’ a capital argentina, em nova final 100% brasileira em que o treinador argentino Gabriel Milito tentará levar o ‘Galo’ a novo triunfo, depois da conquista de 2013.

“Vamos ser uma equipa corajosa, tentar atacar e defender bem. Tentarmos ser a equipa que fomos durante esta Taça Libertadores. (...) Merecemos estar aqui”, frisou o técnico.

Com “muita confiança” nos jogadores, afirmou já ter definido o ‘onze’ inicial para sábado. “Sinto que vamos fazer uma grande final”, atirou.

Em 2024, na quarta final em cinco anos só com equipas ‘canarinhas’, o Brasil já garantiu o 24.º troféu, para ficar a apenas um dos 25 da Argentina, no que será a primeira final do Botafogo e a segunda do Atlético Mineiro, que, em 2013, venceu, nos penáltis, o duelo decisivo com os paraguaios do Olimpia.

O encontro entre o Botafogo, de Artur Jorge, e o Atlético Mineiro, da final da 65.ª edição da Taça Libertadores em futebol, está marcado para sábado, no Estádio Monumental Núñez, em Buenos Aires, a partir das 20:00 (em Lisboa).