O futebolista Juan Quintero admitiu hoje que treinou no sábado o remate que resultou no segundo golo do River Plate no triunfo por 3-1 sobre o Boca Juniores, que garantiu a conquista da Taça Libertadores da América, em Madrid.
“Não pensei mais: recebi a bola, procurei o espaço, controlei e rematei. Ontem trabalhei esse gesto e o golo que há que celebrar”, congratulou-se o médio colombiano de 25 anos, emprestado pelo FC Porto ao River Plate.
Os ‘milionários’ conquistaram pela quarta vez a Taça Libertadores ao bater o Boca Juniors por 3-1, após prolongamento, na segunda mão da primeira final 100% argentina da prova, disputada no Santiago Bernabéu, em Madrid.
Darío Benedetto adiantou os ‘xeneizes’, aos 44 minutos, mas o River, que repetiu os títulos de 1986, 1996 e 2015, deram a volta ao resultado, com tentos de Lucas Pratto, aos 68, de Juan Quintero, aos 109, e de Pity Martínez, aos 120+2.
“Foi muito difícil. Sabíamos que o Boca era uma equipa muito tática, com grande capacidade física, mas trabalhámos até ao fim, começámos a mostrar-nos e foi aí que mostrámos a diferença. Somos justos vencedores e agora vamos celebrar”, completou.
O treinador do Boca Juniores, Guillermo Barros Schelotto, felicitou os rivais, reconhecendo-lhes o “mérito de ganhar um jogo no qual ambas as equipas poderiam ter vencido”, considerando que foi o suplente Quintero quem “desequilibrou” o encontro.
“Agradeço aos meus jogadores pela forma como jogaram, mesmo quando ficámos em inferioridade numérica (Barrios, aos 92 minutos foi expulso) eles lutaram. É preciso dar os parabéns ao River, que se sagrou campeão (...) num jogo muito equilibrado”, disse.
O River Plate, que vai agora disputar o Mundial de clubes, igualou os compatriotas do Estudiantes no quarto lugar do ‘ranking’, que é liderado pelos também argentinos do Independiente, com sete cetros, contra seis do Boca.
“A minha única tristeza é a de não ter ganhado a Taça para a poder oferecer aos adeptos. Sinto-me mal”, completou.
O encontro realizou-se em Madrid porque adeptos do River Plate atacaram o autocarro do Boca Juniors quando este se dirigia para o Monumental Nünez, a casa dos novos campeões sul-americanos, que deveria ter recebido a segunda mão a 24 de novembro – o Boca recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
“No plano desportivo, para mim esta final terminou aqui. No aspeto legal, seria bom que a Conmebol e o futebol sul-americano tomassem medidas. O que se passou não é aceitável. Espero que essas coisas mudem. Desportivamente, acabou. O River venceu”, concluiu.
Na primeira mão, no La Bombonera, a 11 de novembro, registou-se uma igualdade a dois golos, numa final em que os golos apontados fora não valiam a ‘dobrar’.
O presidente da Argentina, Maurício Macri, felicitou o River Plate e os seus adeptos, dizendo aos do Boca Juniores que no futuro também terão a oportunidade de conquistar novos êxitos frente ao rival.
Comentários