A Ucrânia defendeu-se hoje das críticas russas ao seu equipamento para o Euro2020 de futebol, reiterando a utilização da imagem da Crimeia, anexada pela Rússia, bem como de frases patrióticas.
"A todos os que começam a criticar e não suportam ver as nossas fronteiras reconhecidas internacionalmente, ou o lema oficial do nosso estado, só respondo uma coisa: não permitiremos a ninguém que insulte os nossos símbolos nacionais", escreveu no Twitter Dmytro Kouleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
As embaixadas britânica e norte-americana, aliadas da Ucrânia, apoiam a posição do país.
"Adoramos o novo visual, Glória à Ucrânia!", escreveu no Twitter a representação norte-americana, com um 'hashtag' em que se diz que "a Crimeia é ucraniana".
Apresentados no domingo, os equipamentos apresentam o mapa da Ucrânia, incluindo a Crimeia, que o regime de Moscovo anexou em 2014, e os territórios do Leste, controlados pelos separatistas pró-russos.
Também incluem as frases "Glória à Ucrânia" e "Glória aos Heróis", retiradas de um cântico patriótico e muito utilizadas no levantamento da praça de Maidan, em 2014, que levou à queda de Viktor Ianukovitch, o presidente que era apoiado por Moscovo.
A utilização daquelas frases nas camisolas suscitou a crítica dos russos, que as associam a 'slogans' dos grupos nacionalistas da II Guerra Mundial que combateram os soviéticos.
"Durante a guerra, esse grito de guerra nazi foi utilizado pelas unidades ucranianas regulares e irregulares", disse domingo Maria Zakharova, porta-voz da diplomacia russa.
A UEFA, entidade organizadora do torneio, diz que os equipamentos foram aprovados "de acordo com os regulamentos", nomeadamente no que se refere à proibição de "atentar à decência comum ou transmitir mensagens políticas, religiosas ou ligados à raça".
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