Presidente da associação de adeptos russos, Chpryguine tinha afirmado pouco antes à AFP que estava no estádio onde se disputava o encontro, além de ter publicado fotografias e vídeos na sua conta no Twitter que atestavam as suas palavras.
"Eu apenas fui expulso, o meu visto Schengen não foi anulado, todos os carimbos estão lá. Estou no jogo com bilhete. Nada há de anormal", disse Chpryguine à agência noticiosa francesa, por telefone, antes de ser interpelado.
Chpryguine fazia parte do grupo de 20 adeptos expulsos de França na sequência dos atos de violência registados à margem do Inglaterra-Rússia, em Marselha, de que resultaram 35 feridos, ingleses na sua maioria. Todos negaram envolvimento nos incidentes, mas foram conduzidos à fronteira por risco de perturbação da ordem pública.
Três outros russos implicados nos incidentes foram condenados a penas de prisão entre um e três anos.
"De entre os que foram expulsos, quatro regressaram", disse Chpryguine à AFP, acrescentando que fez o caminho através dos Alpes, ou seja, via Suíça.
No Twitter, publicou fotos mostrando um avião e o interior de um aeroporto em França, com a seguinte legenda: "Para estar no jogo tive de fazer um caminho pouco comum na escuridão da noite e passar temporariamente por turista".
"Em frente ao estádio municipal de Toulouse, encontrei os cônsules de Marselha, dos quais me tornei muito íntimo", escreveu também Chpryguine, a legendar uma 'selfie' na companhia de outros dois homens.
Mal aterrou em Moscovo, após a sua expulsão no sábado, Chpryguine manifestou a intenção de regressar a França para continuar a acompanhar o Euro2016, afirmando que tinha bilhetes para o jogo de Toulouse.
Colaborador do deputado Igor Lebedev, membro do partido de extrema-direita LDPR, Chpryguine já foi visto na companhia do presidente russo, Vladimir Putin.
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