A venda do mítico estádio municipal de futebol (1º de Dezembro) do Luena está a ser contestada por agentes desportivos e amantes do desporto, devido à escassez de infra-estruturas do género na província.
Os protestos foram manifestados durante o programa desportivo da emissora local da Rádio Nacional de Angola, que retrata a vida desportiva da província.
Dirigentes desportivos, antigos praticantes de futebol e amantes da modalidade presentes no debate reprovaram com veemência a venda do recinto, por constituir uma relíquia da região.
Francisco Damião, ex-futebolista, disse que a venda do também conhecido estádio “Dák Dói” significa o apagar da história do futebol na província.
«Não haverá mais um outro estádio com história igual ao Dák que Dói», argumentou, reprovando categoricamente a atitude da administração local.
Para si, essa postura vai contra as orientações do Executivo angolano que defende a criação de infra-estruturas desportivas para ocupação dos tempos livres da juventude e da massificação do desporto nas escolas e bairros.
Um outro ex-praticante João Decasse considerou aberrante a venda de um lugar público de lazer para servir interesses particulares, neste caso a construção de um hotel, de iniciativa privada.
«Deveriam indicar um outro terreno existente nos arredores da cidade do Luena, ao invés deste», referiu, desabafando que a província ainda tem muitos espaços subaproveitados.
Por seu turno, o chefe do departamento provincial da Juventude e Desportos, Zeferino Menezes, disse desconhecer o caso e prometeu que o seu sector vai trabalhar para criar nos próximos dias um outro espaço para a prática da modalidade.
Construído na era colonial, o estádio situava-se a sul do Luena e antes de ser vendido há dias, para uma entidade privada que está erguer no local hotel, encontrava-se em estado avançado de degradação.
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