A estátua em homenagem ao futebolista Daniel Alves na sua cidade natal brasileira foi retirada, na sequência do pedido do Ministério Público e dos protestos dos cidadãos, após a condenação por violação em Espanha, indicaram hoje fontes oficias.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Juazeiro, uma pequena cidade no nordeste do Brasil, frisou ter retirado da praça onde estava exposta em homenagem ao seu conterrâneo mais famoso “atendendo a recomendação do Ministério Público da Bahia”.
O Ministério Público justificou, na sua recomendação, que o monumento viola a legislação do município de Juazeiro e do estado da Bahia, que proíbem homenagens a pessoas vivas feitas com recursos públicos.
Esta decisão das autoridades locais acontece após vários protestos por parte da população de Juazeiro.
Daniel Alves, de 40 anos, foi condenado em 22 de fevereiro a quatro anos e seis meses de prisão por ter violado uma mulher de 23 anos numa discoteca de Barcelona, mas foi libertado no final de março depois de ter pagado a fiança de um milhão de euros imposta pelo tribunal de Barcelona, aguardando o resultado do recurso em liberdade.
A estátua inaugurada em 2020 numa avenida central de Juazeiro foi alvo de vários atos de repúdio ao longo dos meses, tendo sido coberta com um saco de lixo e fita adesiva no final do ano passado e, em fevereiro, coberta com tinta branca.
No dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, várias mulheres manifestaram-se à volta da estátua com cartazes com palavras de ordem como “não à cultura da violação” e “Daniel Alves violador”.
A estátua removida, obra do escultor Leo Santana, representa o antigo lateral do FC Barcelona, Sevilha, Juventus, PSG e São Paulo, entre outros clubes, com a camisola da seleção brasileira a controlar uma bola com os pés.
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