Os futebolistas brasileiros que jogam nos ucranianos do Shakhtar Donetsk e Dínamo Kiev pediram ajuda ao governo brasileiro para os ajudar a deixar a Ucrânia.
Num vídeo publicado nas redes sociais e partilhado pelo jornalista brasileiro Arthur Quezada, os jogadores, rodeados das respetivas famílias (mulheres e crianças) sublinham que estão retidos num hotel em Kiev, para onde se refugiram à pressa, apenas com os pertences que tinham nos carros. Os jogadores não têm formas de deixar o país já que não há ligação aérea no ativo e também falta combustível para que possam viajar de carro.
Na mensagem, os jogadores, que se refugiaram num hotel, fazem-se acompanhar das mulheres e filhos, que também apelam a uma ajuda do exterior, referindo que se sentem “abandonados”, num momento em que não sabem o que fazer.
O jornalista Arthur Quezada garante na rede social Twitter que Júnior Moraes, do Shakhtar, relatou a situação num áudio que enviou por Watsapp.
"A situação é de desespero. Peço que divulguem esse vídeo para que chegue no Governo Brasileiro. As fronteiras estão fechadas, bancos também, não há combustível, vai faltar alimento, não há dinheiro. Estamos reunidos à espera de um plano para deixar a Ucrânia", relatou o jogador.
Dodô, Vitão, Marlon Santos, Ismaily, Maycon, Marcos António, Alan Patrick, David Neres, Dentinho, Tetê, Pedrinho e Fernando são os brasileiros que atuam no Shakhtar Donetsk, no Dinamo Kiev joga Vitinho.
O reinício do campeonato ucraniano foi adiado por 30 dias devido à invasão russa ao território ucraniano.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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