A justiça russa prolongou hoje por dois meses a prisão preventiva dos futebolistas Aleksander Kokorin, avançado do Zenit São Petersburgo, e Pavel Mamáev, do Krasnodar, suspeitos de atos de vandalismo e agressão.
O tribunal deu provimento a um pedido da acusação, que solicitou mais tempo para concluir o processo contra os dois futebolistas.
Os investigadores entendem que Kokorin e Mamáev, suspeitos de delitos graves, têm, sobretudo pela sua condição económica, laços estreitos com altas figuras do país e que a sua libertação pode influenciar as investigações.
A defesa dos futebolistas acusou os investigadores de incompetência e de terem coagido vítimas a prestarem testemunhos falsos, pedindo a libertação de ambos sob fiança.
O advogado de Kokorin voltou a utilizar a lesão que o jogador tem no joelho como argumento, afirmando que se continuar em prisão preventiva, vai ser necessário “arranjar-lhe um joelho novo”.
Segundo o departamento médico do Zenit, Kokorin sofre de uma artrose num joelho e o facto de não estar a fazer reabilitação poderá ditar o fim da carreira.
Kokorin, de 27 anos, e Mamáev, de 30 anos, foram acusados de agressão e vandalismo pela justiça russa, juntamente com o irmão de Kokorin e outra pessoa que também participou nas agressões, incorrendo numa pena que pode ir até sete anos de prisão.
Os dois atletas, que estão em prisão preventiva desde outubro, atacaram várias pessoas num café de Moscovo, entre as quais dois altos funcionários governamentais, um dos quais sofreu um traumatismo cranioencefálico.
A prisão preventiva na Rússia pode ser decretada por um período máximo de um ano.
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