A transferência do futebolista brasileiro Neymar do FC Barcelona para o Paris Saint-Germain, por um valor recorde de 222 milhões de euros (ME), marcou o defeso europeu, que voltou a ser dominado pelos clubes ingleses.
O internacional ‘canarinho’, de 25 anos, colocou um ponto final na ligação de quatro anos aos catalães e emergiu como o jogador mais caro da história do futebol mundial, superando o francês Paul Pogba, que na época transata trocou a Juventus pelo Manchester United, por 105 ME.
Contudo, o PSG, que já tinha assinado com Dani Alves (ex-Juventus), ainda conseguiu ser protagonista da principal ‘bomba’ do último dia de ‘mercado’, ao recrutar o prodígio Kylian Mbappé ao Mónaco, embora por empréstimo, devido às limitações do ‘fair-play’ financeiro. No final da temporada, o emblema parisiense deverá concluir a aquisição em definitivo, por valores a rondar uns astronómicos 180 ME.
Por seu lado, o conjunto orientado por Leonardo Jardim, adversário do FC Porto na Liga dos Campeões, já tinha antecipado a saída do internacional francês, contratando Keita Baldé, à Lazio, e Stevan Jovetic, ao Inter de Milão, tendo igualmente segurado Fabinho e Lemar, dois elementos muito cobiçados neste verão.
Em Espanha, a ‘janela’ de inscrições só encerra hoje, pelo que se mantém a expectativa de saber se o FC Barcelona consegue assegurar o brasileiro Philippe Coutinho, do Liverpool. A confirmar-se o negócio - cujas hipóteses são agora mais reduzidas, tendo em conta que os ‘reds’ já não têm possibilidade de substituir o brasileiro - Coutinho custará 160 ME aos ‘blaugrana’, tornando-se, assim, no segundo jogador mais caro da história.
Esse posto é, de resto, ocupado por um futebolista dos catalães, o jovem Ousmane Dembelé, que neste defeso trocou o Borussia Dortmund pelo vice-campeão espanhol por 105 ME, juntando-se a Nélson Semedo (ex-Benfica), Paulinho e Deulofeu na lista de aquisições do ‘Barça’.
O campeão espanhol Real Madrid deu primazia às saídas, como foram os casos de Morata (Chelsea), Danilo (Manchester City) e James Rodríguez (Bayern de Munique), entre outros, enquanto as entradas se limitaram aos jovens Theo Hernández (30 ME) e Dani Ceballos (16 ME).
O Atlético de Madrid, em virtude do castigo que lhe foi aplicado, só pode inscrever jogadores a partir de janeiro de 2018, razão pela qual se viu obrigado a ceder Vitolo ao Las Palmas, depois de o ter contratado ao Sevilha, por 36 ME.
Ainda assim, as movimentações mais dispendiosas voltaram a ter o ‘epicentro’ em Inglaterra, onde os clubes continuam sem problemas em gastar vários milhões em novos jogadores, sobretudo os ‘gigantes’ de Manchester e o Chelsea.
O United, de José Mourinho, investiu 160 ME em Lukaku, Lindelof e Matic, libertando Wayne Rooney para o Everton, ao passo que o rival City gastou 260 ME em Ederson (ex-Benfica), Kyle Walker, Mendy, Danilo e no internacional português Bernardo Silva (50 ME).
O campeão inglês, Chelsea, que ainda não transferiu Diego Costa, libertou mais de 200 ME para contratar Álvaro Morata, Bakayoko, Rüdiger, Zappacosta e Drinkwater, este último proveniente do Leicester, que, por seu lado, está à espera do aval da FIFA para consumar o ‘namoro’ com Adrien Silva, após ter falhado a contratação do internacional português há um ano.
Em Itália, a hexacampeã Juventus, oponente do Sporting na Liga dos Campeões, conseguiu os concursos de Bernardeschi, Matuidi, Douglas Costa e Höwedes, o AC Milan resgatou o central Bonucci (42 ME) aos ‘bianconeri’ e André Silva (ex-FC Porto), avançado português que viu os compatriotas João Cancelo e Nani também rumarem a Itália, para Inter de Milão e Lazio, respetivamente.
Já o Bayern de Munique, que cedeu o internacional luso Renato Sanches aos galeses do Swansea, passou a fasquia dos 100 ME em contratações, entre as quais o colombiano James Rodríguez. O surpreendente Leipzig, que vai defrontar o FC Porto na ‘Champions’, contratou Bruma ao Galatasaray, por 12,5 ME, enquanto o Borussia Dortmund supriu a saída de Dembelé com o ucraniano Yarmolenko, ex-capitão e principal figura do Dínamo de Kiev nos últimos anos.
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