Greg Clarke renunciou hoje à presidência da federação inglesa de futebol (FA) por usar uma expressão racista, pela qual se desculpou, ao referir-se aos atletas negros como “jogadores de cor”.
“Podemos confirmar que Greg Clarke renunciou ao cargo de presidente. Peter McCormick assumirá o cargo de presidente interino com efeito imediato e a direção da FA começará a trabalhar para encontrar um substituto", anunciou o órgão que gere o futebol inglês.
Greg Clarke, igualmente vice-presidente da FIFA, pediu desculpa por fazer referência inadequada ao termo “jogadores de cor”, durante um debate no qual se falava de homossexualidade e a dificuldade de a assumir no futebol.
“Se eu vejo o que acontece com as jogadoras e os jogadores de futebol de cor e os insultos que recebem nas redes sociais ... parece que nas redes há via livre”, justificou, quando questionado sobre a dificuldade dos futebolistas homossexuais em assumir-se publicamente.
O dirigente foi muito criticado por mais observações e, face ao conjunto das declarações durante a conferência organizada pelo ministério do desporto, foi questionado o real compromisso da FA a favor da diversidade.
Clarke teve outros dois outros comentários polémicos, ao abordar os “diferentes interesses” das comunidades afro-caribenha e do sul da Ásia no âmbito da sexualidade, que considerou ser “uma escolha de vida”.
O dirigente referiu que “nunca pressionaria ninguém a revelar a sua sexualidade” e questionou se, “caso um jogador se assumisse orgulhosamente gay e feliz com a escolha, teria o apoio dos seus companheiros no balneário”.
“Sinto-me profundamente arrependido por ter ofendido todas essas comunidades pelas quais eu e tantos outros trabalhamos tanto para integrar. Às vezes engano-me com as palavras”, lamentou, assumindo que as suas palavras foram “inaceitáveis” e uma “vergonha” para o desporto e todos os que o praticam.
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