"Quero ir para a guerra ajudar o meu povo": as palavras de um futebolista ucraniano que joga em Espanha

Lateral-esquerdo de 24 anos, Vasyl Kravets joga no Sporting de Gijón, mas deu conta da vontade que sente de voltar à Ucrânia para lutar contra a invasão russa.

Kravets em ação nos tempos em que representava o Lech Poznan

O escalar da tensão política e militar que culminou com a invasão da Rússia à Ucrânia continua a marcar a agenda e o mundo do futebol não é exceção, com muitas mensagens contra a guerra a fazerem-se ouvir nos jogos da noite de quinta-feira das competições da UEFA e com vários futebolistas ucranianos a darem conta do que estão a sentir, mesmo aqueles que se encontram longe do seu país.

Um deles foi Vasyl Kravets, lateral-esquerdo que joga no Sporting Gijón (clube que atualmente milita no  por empréstimo do Leganés e que manifestou mesmo vontade de largar momentaneamente a carreira de futebolista para ir para o seu país e lutar na guerra ao lado do seu povo. Kravets, de 24 anos, mostra-se inconformado com toda a situação e frustrado por não saber como ajudar, por não saber usar uma arma, mas garante estar pronto para se útil e defender o seu país.

Depois, dá então conta da sua vontade que sente de largar tudo e ir lutar ao lado dos seus compatriotas pela defesa do seu território nacional. "Digo a verdade: quero ir para a guerra e ajudar o meu povo. Mas não sei como ajudar, porque não sei disparar uma arma, não me sei movimentar numa guerra nem sei recarregar uma arma...Mas quero ajudar! Se puder ir, vou para a linha da frente defender o meu território", garantiu Kravets.

Vasyl Kravets tem 24 anos e nasceu na cidade de Horodok, no extremo oeste da Ucrânia. Começou a carreira no Karpaty, de Lviv, mas mudou-se para o futebol espanhol em 2016/17. Na temporada passada esteve emprestado ao Lech Poznan, da Polónia.

Recorde-se que a Rússia lançou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que terão provocado dezenas de mortos logo nas primeiras horas. O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional, com o mundo do desporto a não ser exceção, levando mesmo à mudança do palco da final da presente edição da Liga dos Campeões, originalmente marcada para São Petersburgo e que se vai, afinal, disputar em Paris.