2022 ficou marcado por várias conquistas de portugueses além-fronteiras no futebol. A nível de treinadores, Abel Ferreira foi quem mais de destacou, com o fantástico título alcançado no Brasileirão com o seu Palmeiras, além da conquista da Recopa Libertadores, já depois de ser bicampeão da Libertadores. Além dos treinadores, também jogadores lusos sagraram-se campeões e outros brilharam nos principais campeonatos europeus.
Brasil: O título que faltava a Abel Ferreira
Depois de guiar o Palmeiras a dois títulos seguidos na Taça Libertadores, Abel Ferreira, eleito Treinador do Ano , foi finalmente campeão com o Palmeiras em 2022, numa caminhada fantástica onde foi a equipa com mais triunfos, menos derrotas, mais golos marcados e menos sofridos durante as 38 rondas.
O Corinthians, de Vitor Pereira, foi 4.º, o Botafogo de Luís Castro acabou em 8.º e António Oliveira manteve o Cuiabá na 1.ª divisão. No final houve troca de cadeiras e não só: Vítor Pereira trocou o Corinthians pelo Flamengo e abriu uma guerra, António Oliveira trocou o Cuiabá pelo Coritiba, Renato Paiva foi contratado pelo Bahia e Ivo Vieira pelo Cuiabá, aumentando para sete o número de técnicos portugueses no Brasileirao.
Inglaterra: Portugueses fazem a festa
O Manchester City, de Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva voltou a vencer a Premier League pelo segundo ano seguido, numa luta até ao último minuto com o Liverpool. O City terminou com 92 pontos, mais um que os Reds, que foi campeão por breves minutos na última ronda.
O Chelsea foi 3.º, o Tottenham 4.º. Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Diogo Dalot viram o seu Manchester United terminar apenas no 6.º lugar, apesar de o avançado lusos ter sido o 3.º melhor marcador da prova, com 18 golos, atrás de Salah e Son. Bruno Lage levou o Wolverhampton, de José Sá, Ruben Neves, João Moutinho, Nelson Semedo, Daniel Podecen, Pedro Neto, Chiquinho e Toti Gomes ao 10.º posto mas seria demitido no início da época seguinte, devido aos maus resultados.
Burnley, Watford e Norwich City desceram de divisão. O Leeds, de Marco Silva, venceu o Championship e foi promovido, tal como o Bournemouth e o Nottingham Forest
Espanha: Real campeão
O Real Madrid não teve concorrência em Espanha e, aproveitando uma época atípica do Barcelona, sagrou-se campeão e venceu ainda a Liga dos Campeões. Benzema foi o Rei do Golo na La Liga (27 golos).
O Atlético Madrid, com João Félix novamente longe da ribalta, foi 3.º com mais um ponto que o Sevilha, que acabou com 70 pontos. Destaque para a grande época do Bétis, de William Carvalho, 5.º colocado com 65 pontos. Granada, Levante e Alavés desceram de divisão.
Itália: Rafael Leão manda em Itália e devolve o 'scudetto' ao seu Milan campeão
Guiado por um fantástico Rafael Leão, eleito Melhor Jogador do Ano (11 golos e 10 assistências na Serie A), o AC Milan voltou a ser campeão italiano, 11 anos depois. A equipa orientada por Stefano Pioli alcançou o 19.º 'scudetto' da sua história, igualando a marca do Inter Milão, mas longe da recordista Juventus, que já soma 36.
Num campeonato com várias trocas na liderança, os milaneses foram mais fortes na parte final e terminaram com 86 pontos, mais dois que o Inter. Nápoles (79) de Mário Rui e Juventus (70) apuraram-se para a Champions, a Roma de Mourinho e Rui Patrício foi apenas 6.º. Cagliari, Génova e Veneza desceram de divisão, Lecce, Cremonense e Monza foram promovidos.
França: Passeio do PSG
Em França era uma questão de tempo até ao PSG ser coroado campeão. A equipa de Danilo e Nuno Mendes confirmou o 10.º título da sua história a 23 de abril, numa prova onde fez 86 pontos, mais 15 que o Marselha, 2.º colocado. Mónaco foi 3.º, Rennes acabou em 4.º. Saint-Étienne, Metz e Bordeus desceram de divisão, Toulouse, Ajjacio e Auxerre subiram de divisão.
A nível individual, Mbappé terminou com 28 golos marcados e 17 assistências.
Alemanha: Só podia ser Bayern Munique
Tal como na Ligue 1 (a não ser que o PSG se deixe dormir e apareça um Lille ou um Mónaco), na Bundesliga a questão é sempre saber quando o Bayern será campeão. E os bávaros selaram o 10.º título consecutivo a 23 de abril, no mesmo dia em que o PSG venceu em França. O passeio do Bayern acabou em 77 pontos, mais oito que o Borussia Dortmund, de Raphael Guerreiro. Bayer Leverkunsen e RB Leizpig, de André Silva, ficaram em lugares de Champions.
Robert Lewandowski despediu-se dos bávaros com uns impressionantes 35 golos na Bundesliga, que lhe valeram a Bota de Ouro de melhor marcador europeu.
Greuther Fürth, Arminia Bielefeld e Hertha caíram para a segunda divisão, os históricos Schalke 04, Werder Bremen e Hamburgo voltaram ao convívio dos grandes.
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