A UEFA pediu hoje às federações nacionais que "adotem uma data de encerramento harmonizada da próxima janela de transferências", propondo o dia 5 de outubro como prazo máximo.
Após o segundo e último dia de reuniões do Comité Executivo, foram aprovadas várias alterações temporárias ao regulamento de ‘fair play' financeiro, tendo em conta os efeitos da pandemia de covid-19 e da suspensão generalizada dos campeonatos europeus.
Com o prazo de inscrições fixado em 06 de outubro para jogadores nas fases de grupos das competições europeias para 2020/21, a UEFA pede que o dia 05 de outubro seja o prazo limite para transferências, bem depois do habitual, entre o final de agosto e os primeiros dias de setembro na maior parte das ligas da Europa.
As medidas financeiras hoje aprovadas, desenvolvidas por um grupo de trabalho criado na UEFA para estas questões, incluindo representantes da Associação Europeia de Clubes (ECA), das Ligas Europeias e do sindicato de jogadores FIFPro, procuram, explica aquele organismo em comunicado, trazer "flexibilidade", mas manter os "compromissos relativos a transferências e salários".
Ainda assim, pretende-se "dar aos clubes mais tempo para quantificar e contabilizar a perda inesperada de receitas" e tratar todos por igual, neutralizando "o impacto adverso da pandemia" através do ajuste do cálculo do ponto de equilíbrio (‘break even', em que as receitas são iguais aos gastos) para as quebras de receitas reportadas em 2020 e 2021, "protegendo ao mesmo tempo o sistema de eventuais abusos".
Quanto ao ‘break even', o ponto de equilíbrio, as mudanças abrangem as temporadas 2020/21 e 2021/22, com o adiamento da avaliação do exercício de 2020, avaliado em conjunto com o ano seguinte.
"O período de monitorização de 2020/21 é reduzido e abrange apenas dois relatórios (exercícios terminados em 2018 e 2019)", pode ler-se na nota oficial, enquanto o período de 2021/2022 é alargado a quatro exercícios: 2018, 2019, 2020 e 2021.
2020 e 2021 serão avaliados "como um único período", neutralizando o impacto da pandemia de covid-19 "através do cálculo da média do deficit combinado de 2020 e 2021", além da "permissão de ajustes específicos da covid-19", não especificados pela UEFA.
Apenas na próxima época, o prazo para os clubes apresentarem uma ‘folha limpa' no que toca a dívidas de transferências, salários e outros pagamentos devidos em impostos e outras contribuições foi alargado em um mês, para 31 de julho, mantendo-se o segundo momento para 30 de setembro.
No primeiro dia, na quarta-feira, o Comité Executivo da UEFA decidiu que Lisboa vai ser o palco para o desfecho da edição de 2019/20 da Liga dos Campeões, com uma inédita ‘final a oito', em eliminatórias apenas com um jogo, nos estádios da Luz e José Alvalade, entre 12 e 23 de agosto.
A ‘casa' do Benfica vai ser o palco da final, em 23 de agosto, em detrimento do Estádio Olímpico Ataturk, em Istambul, na Turquia, depois de os jogos das meias-finais, em 18 e 19, e dos quartos de final, entre 12 e 15, nos dois recintos lisboetas.
O Estádio do Dragão, no Porto, que deixou de receber a Supertaça Europeia, e o Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, estão como hipóteses de locais para os restantes jogos da segunda mão dos oitavos de final, em 07 e 08 de agosto, caso não sejam disputados nos recintos dos clubes anfitriões.
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