O presidente do FC Barcelona, Josep Maria Bartomeu, defendeu esta terça-feira que os jogadores de futebol que nos últimos meses têm sido investigados por alegados delitos fiscais estão a ser vítimas “de uma injustiça”.
Em conferência de imprensa de balanço do segundo semestre de 2016, o líder da equipa catalã criticou duramente as considerações no sentido de “criminalizar ou impor penas de prisão” por delitos fiscais a jogadores que atuam na Liga espanhola.
Para o responsável da equipa ‘azulgrana’, é necessário que existam “normas que possam ser cumpridas”.
“A insegurança jurídica que se vive no mundo do futebol tem afetado os jogadores do FC Barcelona, mas também jogadores de outras equipas. Quero dar esta palavra em defesa dos jogadores, dos seus agentes e assessores fiscais. É impossível que todos estejam equivocados ao mesmo tempo”, disse.
A 3 de dezembro, os membros do European Investigative Collaborations (EIC), que incluem o Expresso, noticiaram que Cristiano Ronaldo evadiu, alegadamente, 150 milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens.
A informação, que também envolve outros jogadores, entre os quais Fábio Coentrão, Ricardo Carvalho ou Pepe, assim como o internacional alemão Mesut Ozil, do Arsenal, foi colhida a partir de 1.900 gigabytes de documentos a que o referido consórcio europeu teve acesso e sobre os quais trabalharam 60 jornalistas durante mais de sete meses.
De acordo com os documentos, cedidos aos citados OCS pela plataforma digital ‘Football leaks’, são muitas a estrelas do futebol internacional que se esforçam por ocultar os seus rendimentos ao fisco.
“Os agentes e assessores fiscais dos futebolistas estão não sabem como proceder, porque os critérios estão sempre a mudar”, vincou Bartomeu.
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