O treinador de futebol Nuno Espirito Santo falou hoje da sua saída do Valência, sublinhando que a passagem pela equipa espanhola foi "um marco importante" na sua carreira.
Após ter liderado um exercício prático enquadrado no Fórum do treinador de futebol e futsal, que decorre em Setúbal, hoje e terça-feira, o técnico recordou a sua passagem pela equipa espanhola, sublinhando que cumpriu o principal objetivo.
"Fui 500 dias treinador do Valência e consegui o objetivo de deixar a equipa na Liga dos Campeões. Foi um ano bastante bom e este ano estava a ser também. Vou seguir ligado ao clube, porque gosto dele. Foi um marco importante da minha carreira e desejo o melhor ao clube", afirmou.
O treinador, de 42 anos, saiu do Valência após ter sido criticado pelos adeptos, mas não se mostrou magoado com essas opiniões, preferindo recordar os bons momentos que viveu em Espanha.
"Não [guarda mágoa pelas críticas dos adeptos]. Vivemos um ano fantástico, nunca perdemos em casa, vencemos grandes equipas como Real Madrid, Atlético de Madrid, Sevilha... É a recordação que tenho de Mestalla, de apoio incondicional à equipa. Tenho a certeza que, com a qualidade que há no plantel, vão resolver o problema", reiterou.
Nuno Espirito Santo falou aos jornalistas após um treino que deu a jovens jogadores do Comércio e Indústria e, embora assuma que tem saudades de treinar, sublinhou que este interregno serviu para "refletir", mas confirmou a existência de contatos para voltar ao ativo.
"[Saudades de treinar?] Naturalmente. Mas foi um ano e meio muito intenso no Valência, um clube de exigência máxima. Este momento também serve para refletir, analisar e esperar o momento certo para regressar. Fundamental é analisar o projeto, tudo o que rodeia, é um novo ciclo. Estou aberto a tudo, não fecho portas seja em que país for. Vamos esperar, há contactos", afirmou.
Nuno foi guarda-redes do FC Porto durante seis temporadas e, questionado sobre as recentes prestações de Casillas, sublinhou que não faz sentido colocar em questão o valor do espanhol
"O Casillas é um grandíssimo guarda-redes, tem tantos títulos e uma carreira tão galardoada que está fora de qualquer questão o seu valor. A este nível a exigência, a pressão e a crítica são coisas que jogadores e treinadores têm de superar", concluiu.
Comentários