O ambiente parece não estar bom na seleção neerlandesa de futebol. O treino de segunda-feira ficou marcado por um episódio que está a dar que falar nos Países Baixos e não só. Jurrien Timber fez uma entrada mais dura sobre Wout Weghorst, que não gostou.
O possante avançado, agora no Ajax, ficou no relvado a queixar-se com dores. Depois, já de pé, pediu justificações a Ronald Koeman, o selecionador, e também ao defesa. Após uma breve conversa com Koeman, o jogador de 32 anos abandou o treino, pegou numa bicicleta e voltou para o hotel onde a comitiva está hospedada.
Os Países Baixos defrontam esta tarde a Alemanha, jogo que poderá valer a liderança do Grupo A3 da Liga das Nações. Os neerlandeses venceram em casa na 1.ª ronda a Bósnia-Herzegovina, por 5-2. Joshua Zirkzee (13 minutos) colocou os neerlandeses em vantagem, mas Ermedin Demirovic (27) empatou para os bósnios, no entando, a equipa da casa chegou ao 3-1, graças a Tijjani Reijnders (45+2) e Cody Gakpo (56).
O veterano Edin Dzeko (73) continua aos 38 anos a marcar pela Bósnia-Herzegovina e colocou alguma dúvida no resultado, desfeita já nos minutos finais por Wout Weghorst (88) e Xavi Simons (90+2).
Em busca da terceira presença na ‘final four’ em quatro edições, os Países Baixos recebem hoje a Alemanha, que nunca conseguiu atingir as meias-finais da mais recente competição de seleções da UEFA.
Laranja Mecânica debaixo de fogo
De recordar que recentemente, Ronald Koeman avisou Steven Bergwijn que a porta da seleção estaria fechado para o avançado, após este trocar o Ajax pelos sauditas do Al Ittihad.
"Aconteceu uma vez com Wijnaldum, mas na altura ele teve um problema no PSG e só poderia ir para a Arábia Saudita até janeiro. No caso do Bergwijn, decidiu ir aos 26 anos. Não teve ambição desportiva. A porta [da seleção] está praticamente fechada para ele. Não me contactou para falarmos sobre isso, mas acho que sabe o que penso. Felizmente, nem todos pensam o mesmo. Quando se tem 26 anos, a principal ambição deve ser desportiva e não financeira. São escolhas que os jogadores fazem. Acho que se pudesse ter escolhido o Barcelona, não teria ido para a Arábia Saudita. Mas também poderia ter ficado no Ajax, não? Acho que lhe pagavam bem por lá...", disse, na semana passada, Ronald Koeman, ele que orienta a Holanda desde janeiro de 2023.
As palavras do selecionador não caíram bem no extremo de 26 anos, que também garantiu não jogar pelos Países Baixos enquanto Koeman for selecionador.
"Se fosse um treinador comprometido ter-me-ia contactado primeiro, mas tive de ouvir pela televisão. Vivi muitos momentos maravilhosos com ele, daí que esteja dececionado. Não é desta forma que se trata as pessoas, e se continuar assim, irá perder toda a credibilidade. Incomodou-me ter dito que não era um passo desportivo. Posso assegurar-te que a competição na Arábia é maior do que na Holanda e vê-se pelos jogadores de topo que jogam lá. Dizem que um jogador tem de deixar a liga holandesa para evoluir e eu tenho de ficar? Kanté joga lá há um ano e foi o melhor jogador contra a seleção holandesa no Europeu e Laporte, que saiu do Manchester City para o Al Nassr, em 2023, sagrou-se campeão europeu com a Espanha", explicou Steven Bergwijn, em entrevista ao jornal'De Telegraaf'.
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